No sábado de carnaval (1/3), a Enamorados do Samba vai fazer uma declaração de amor a Curitiba na Marechal Deodoro. Com o enredo Curitiba, Cidade Linda, tem Carnaval, Sim!, a segunda escola de samba a desfilar pelo Grupo Especial mostrará a riqueza cultural da capital paranaense em um espetáculo de cores, história e identidade local.

A narrativa do desfile é o surgimento da araucária, árvore símbolo do Paraná, semeada pela Gralha Azul. “A comissão de frente virá com uma surpresa linda”, diz Marise Fernandes, presidente da escola Enamorados do Samba.

A escola também vai mostrar os encantos naturais da cidade, destacando os parques e arquitetura da Ópera de Arame, do Jardim Botânico e do Largo da Ordem.

O desfile ainda destaca a sustentabilidade de Curitiba, com uma homenagem à Família Folhas. Até o cãozinho Folheco, personagem da Família Folhas, estará na passarela do samba.

Para finalizar, o samba-enredo celebra o carnaval da cidade, homenageando as festividades locais, escolas de samba e blocos, como o Garibaldis e Sacis, além do Curitiba Rock Carnival e da Zombie Walk, que tradicionalmente integram a folia.

A ala dos garis, uma homenagem aos trabalhadores da limpeza pública de Curitiba, vai desfilar de patins. Outro destaque é a tradicional ala de pessoas com deficiência. Esse ano, a porta-bandeira é uma pessoa com Síndrome de Down.


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Trajetória fulminante

A Enamorados do Samba é a mais nova escola carnavalesca de Curitiba. Desfilou pela primeira vez em 2018 quando venceu o desfile do Grupo de Acesso. No ano seguinte, foi para o Grupo Especial e arrematou o terceiro lugar logo na chegada. Em 2020, conquistou o primeiro título de campeã do Carnaval de Curitiba.

A trajetória rápida e surpreendente nasceu da experiência de duas grandes carnavalescas da cidade, Marlene Monte Carmelo, que faleceu poucos dias antes do desfile de 2020, e Marise Fernandes, atual presidente da escola.

As origens são mais antigas e começam em 1993, quando Amauri Ferreira, Marlene Carmelo e um grupo de amigos criaram o bloco Enamorados do Samba. O bloco chegou a reunir 300 foliões e fez seu último desfile em 1997.

Marise conta que a escola é pautada pelo respeito às causas ambientais, por isso carregam o símbolo da reciclagem e não usam nenhum elemento de origem animal. “É uma regra que consta no estatuto do Grêmio Cultural Ecológico Carnavalesco Enamorados do Samba”, diz.