A Prefeitura de Curitiba vai manter a austeridade fiscal e a sustentabilidade financeira nos próximos quatro anos. O secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento, Vitor Puppi, fez uma explanação sobre o tema na segunda reunião de secretariado do ano, comandada pelo prefeito Eduardo Pimentel, nesta segunda-feira (20/1), na sede da Prefeitura. Ele reforçou o compromisso do município com a saúde nas contas públicas.

Puppi, que é secretário de finanças pela segunda vez, foi responsável pelo Plano de Recuperação de Curitiba, lançado em 2017, que colocou as contas do município em dia.

Na reunião, ele fez um resumo das ações do plano e seus resultados. “Muitos dos secretários são novos na Prefeitura, então mostramos esse histórico de como estavam as contas do município em 2017 e todo o trabalho de recuperação, que fez com que hoje Curitiba tenha uma boa situação financeira, um plano de investimento robusto e um orçamento recorde para 2025″, disse.

Com o Plano de Recuperação, Curitiba voltou a honrar seus compromissos em dia, bateu recorde de investimentos, criou uma lei de responsabilidade fiscal, a primeira do Brasil, e um fundo de responsabilidade fiscal, voltado para situações de emergência. “No início da gestão de 2017, as despesas cresciam 70% e as receitas 28%. Faltava R$ 1,025 bilhão para fechar as contas, a previdência estava desassistida”, lembrou Puppi.

O programa de recuperação incluiu uma série de medidas, como revisão de custos, parcelamento de dívidas, limitação do crescimento de gastos com pessoal e o novo regime de aporte previdenciário, além de mecanismos de inteligência fiscal.

O secretário também mostrou um panorama das contas do município no período pós-pandemia, de 2021 a 2024.

“Curitiba tem uma situação financeira favorável, mas é preciso manter o trabalho com responsabilidade fiscal. É preciso eleger prioridades e manter o cuidado com a governança e as contas públicas. É importante manter a âncora entre receitas e despesas. O município precisa de sustentabilidade financeira no longo prazo”, disse Puppi.

Curitiba tem um plano de governo robusto, com grandes projetos para a cidade nos próximos quatro anos. “Trata-se de um plano de médio, com efeitos no longo prazo. É preciso manter o fôlego financeiro”, disse.

Puppi destacou a necessidade de manter a eficiência nos gastos, a transparência nos processos e a economicidade (minimização dos gastos públicos sem comprometer a qualidade dos serviços). Para 2025, o município tem o orçamento recorde de R$ 14,5 bilhões e um plano de investimentos de R$ 1,07 bilhão, que serão usados em vários projetos para melhorar a vida da população, como pavimentação, construção de casas, implantação de calçadas e ciclovias, revitalização de parques e bosques, reforma de escolas, ampliação e modernização do parque de iluminação pública.

Nessa lista estão ainda projetos de grande porte: Novo Inter 2, Ligeirão Leste/Oeste, implantação do Parque Cachoeira, reforma e implantação de novas unidades básicas de saúde e o projeto de gestão de risco climático Bairro Novo do Caximba.