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‘Temos uma parceria estratégica com os EUA e queremos mantê-la’, disse presidente em entrevista a agências

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou, nesta segunda-feira (22), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e disse que a decisão de desistir da disputa pela reeleição foi pessoal.
Lula disse ainda que vencerá o melhor e o Brasil terá relação com quem for eleito.

A declaração está em publicações das redes sociais do petista, mas foi dada em entrevista às agências internacionais Bloomberg, Reuters, AFP, EFE, AP e Xinhua. A íntegra será divulgada no final do dia.

“Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele. Somente ele poderia decidir se iria ou não ser candidato”, disse.

Agora, eles vão escolher uma candidata ou um candidato, e que o melhor vença a eleição. A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la”, continuou.

A pouco mais de três meses da eleição, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, 81, anunciou no domingo (21) que não será mais candidato à reeleição.

Ele não resistiu à intensa pressão interna do Partido Democrata pela sua saída, que começou após o desastroso desempenho no debate realizado no fim de junho e não arrefeceu mesmo após várias tentativas do presidente de assegurar apoiadores e eleitores de que tinha condições de derrotar o republicano Donald Trump.

O anúncio foi feito por meio de uma carta publicada nas redes sociais do presidente. Biden disse que vai explicar melhor sua decisão em um pronunciamento à nação nesta semana. O presidente, em seguida, endossou sua vice, Kamala Harris, para ser a candidata democrata na eleição de novembro.

O governo brasileiro não se manifestou oficialmente sobre a decisão de Biden, considerado um aliado. Reservadamente, auxiliares veem que pode ser um fato novo na disputa contra Trump.

Os democratas doaram mais de US$ 50 milhões (quase R$ 280 milhões) online neste domingo (21), tornando a data o dia com o maior volume de contribuições ao partido desde a eleição de 2020.