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O novo informe da dengue, divulgado pela Secretária Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, nesta quarta-feira (28/2), mostra que a capital paranaense registrou 77 novos casos da dengue, na semana de 16 a 22 de fevereiro.

Com os novos casos, Curitiba soma entre 1º de janeiro e 22 de fevereiro deste ano, 426 casos confirmados da doença – sendo 354 importados e 72 autóctones. O distrito sanitário do Tatuquara é o mais afetado, com 77 registros.

De acordo com a SMS, embora Curitiba não viva uma situação de epidemia de dengue como a registrada em municípios do interior do Estado e outras localidades do País, é importante redobrar a atenção neste momento.

Com o fluxo constante de pessoas, a capital paranaense tem registrado aumento de casos importados. Com isso, o vírus acaba circulando com maior intensidade na capital paranaense, favorecendo a transmissão local – o mosquito ao encontrar a pessoa doente em Curitiba adquire o vírus e inicia uma cadeia de transmissão local, contaminando outras pessoas.

Bloqueio ambiental

“Temos trabalhado fortemente no sentido de evitar o encontro entre a pessoa doente e o mosquito Aedes, para quebrar a cadeia de transmissão”, afirma o superintendente executivo da SMS, Juliano Gevaerd.

Gevaerd explica que, quando a SMS recebe a notificação de um caso positivo de dengue, são desencadeadas ações para delimitar um raio ao redor da residência do paciente, para realizar o chamado bloqueio ambiental, que consiste na orientação e vistoria dos imóveis vizinhos para eliminar qualquer possível criadouro do mosquito.

Segundo ele, essas ações já eram realizadas anteriormente, mas estão sendo intensificadas diante do fluxo maior de casos. “Essas ações buscam evitar que o mosquito acabe criando transmissão sustentada da dengue aqui em Curitiba”. 

“É um esforço conjunto de todo o poder público, pois envolve várias secretárias, como Saúde, Meio Ambiente, Urbanismo, Educação, Segurança Alimentar, entre outras, mas é preciso também que cada cidadão faça a sua parte, sob o risco de perdermos a guerra para o mosquito”, diz Gevaerd.

Alerta constante

Além das ações de bloqueio ambiental, Curitiba mantém alerta constante, durante todo o ano, para evitar a circulação do mosquito Aedes aegypti. Para isso, o Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti da SMS realiza vistorias (inclusive com o uso de drones), faz monitoramento com armadilhas para o inseto (ovitrampas e mosquitraps) e realiza identificação laboratorial de larvas e mosquitos.

Há, ainda, ações pedagógicas, delimitações de focos do mosquito, realização de LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), conforme diretriz do Ministério da Saúde, e, ainda, um extenso cronograma de mutirões de limpeza do Curitiba sem Mosquito.

A Central 156 recebe, ainda, solicitações de pedidos de fiscalização em locais com suspeita de água acumulada.

Rede preparada

A SMS conta com uma rede preparada para atender os pacientes. A Central 3350-9000 tira dúvidas e faz orientações em casos de suspeita de dengue, assim como disponibiliza tele e videoconsulta médica, em caso de necessidade.

Além disso, toda a rede municipal de saúde, com suas unidades básicas, UPAs 24 horas e hospitais, está capacitada e pronta para atender.