Capital com o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, Curitiba se destaca por ter a segunda maior fatia do montante gerado pelas empresas de tecnologia da cidade: é a segunda capital com maior percentual do PIB gerado por empresas do setor (14,4%), a frente de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

Tecnoparque de Curitiba apoia empresa que libera 98% do milho exportado noDomingo no Centro volta no fim de semana em novo local: a Rua XV de Novembro

O resultado foi divulgado pelo Jornal Folha de S. Paulo na última segunda-feira (21/4), a partir da pesquisa realizada pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), em parceria com a Prefeitura de Florianópolis (SC).

“A Prefeitura de Curitiba tem investido em muitas ações em favor das empresas do setor tecnológico, com programas como o Tecnoparque e os Worktibas, contribuindo para que o empreendedor do setor tenha essa gigantesca participação na produção de riqueza da nossa cidade”, destaca o vice-prefeito e secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação, Paulo Martins.

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Paulo Martins, vice prefeito e secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação

No ranking, Florianópolis aparece no topo, com 25% do seu PIB gerado por empresas de tecnologia, a frente de Curitiba (com 14,4%). Formam a lista das dez melhores colocadas São Paulo (12,5%), Manaus (10,4%), Belo Horizonte (9,7%), Porto Alegre (9,3%), Rio de Janeiro (8,3%), Recife (8%), Fortaleza (6,3%) e Goiânia (4,8%).

Empresas beneficiadas e mais empregos

Curitiba tem o sexto maior PIB entre as capitais, calculado em R$ 98 bilhões pelo IBGE. Segundo o estudo da Acate, desse total, R$ 14,1 bilhões vindos das empresas de tecnologia. No dia a dia, esse montante se traduz em geração de empregos e renda para a cidade.

Com apoio da Prefeitura, como o programa Tecnoparque, que reduz o ISS de 5% para 2%, as 132 empresas beneficiadas empregam 21 mil pessoas.

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Paulo Martins, vice prefeito e secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação

Aceleração nos últimos anos

O presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão, explica que Curitiba investe há décadas para que empresas de tecnologia de ponta se instalem e permaneçam na cidade.

Um exemplo está no seu planejamento urbano, que há 52 anos criou Cidade Industrial de Curitiba (CIC), onde estão fábricas e indústrias que são referência internacional em qualidade e uso de novas tecnologias.

“Esse movimento seguiu pelas décadas seguintes e foi acelerado nos últimos nove anos, com a criação do ecossistema de inovação da cidade, o Vale do Pinhão, que integrou ainda mais as empresas de tecnologia, startups, poder público e universidade com o objetivo comum de inovar”, acrescenta Paixão.

Formação profissional de qualidade

Curitiba também se destaca por um histórico de formação profissional qualificada. Curitiba forma, anualmente, uma média de 21,3 mil acadêmicos em 720 cursos de 55 instituições de ensino superior da cidade. Entre elas, a primeira universidade do país, a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A Prefeitura reforça a qualificação profissional com oferta de cursos nos Liceus do Ofício e lançou, este mês, o Programa Vale-Qualificação, que vai dar oportunidade de o trabalhador que está desempregado melhorar seu currículo em um curso pago pelo município e o incluir em um banco de talentos de empresas empregadoras.

Ambiente para startups

Além disso, a cidade é destaque internacional na criação e nos êxitos de startups. A capital paranaense foi eleita, em 2023, o 2º ecossistema de inovação emergente mais promissor para startups na América Latina, pelo ranking Global Startup Ecosystem Report.

Nos últimos nove anos, Curitiba teve um aumento de sete vezes em seu número de startups, chegando a 670 startups. Três delas – Olist, MadeiraMadeira e Ebanx – se destacam por terem se tornado “unicórnios”, ou seja, bateram o patamar de 1 bilhão de dólares em seu valor de mercado.