Centenas de pessoas ocupam Centro de Curitiba em manifestação ‘pela vida e pelo fim da violência’ contra mulheres

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Hoje, 22 de julho, comemora-se o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio

Centenas de pessoas ocuparam o Centro de Curitiba em uma manifestação ‘pela vida e pelo fim da violência’ contra as mulheres. Hoje, 22 de julho, é o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. Uma caminhada foi feita da Praça Santos Andrade até a Boca Maldita, pelo calçadão da Rua XV de Novembro, no início da tarde desta segunda-feira.

A ação é promovida pelo Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). Além da capital, a 2ª Caminhada do Meio-Dia aconteceu simultaneamente em cerca de 100 cidades em todas as regiões do Estado.

Lisa Tonetti, que faz parte do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM-PR), comentou à Banda B a importância do movimento.

É uma vitória. Já é o segundo que participamos. A secretária Leandre [Dal Ponte] nos convidou e faz muita diferença quando também encontramos homens lutando pela segurança da mulher. A segurança social, a integridade física da mulher e a diferença é grande.Lisa Tonetti, membro do CEDM-PR.

Luciana Luca, policial civil e que também faz parte do CEDM-PR, fala sobre sua vivência no trabalho ao presenciar casos de feminicídio.

É uma dor muito grande ver mulheres sendo mortas covardemente por homens. Esse movimento é importante porque junta toda a sociedade em prol da causa. Não podemos mais aceitar e normalizar o feminicídio.Luciana Luca, policial civil.

Além de mulheres, homens, crianças, autoridades, representantes da sociedade civil organizada e lideranças religiosas se reuniram no ato. A ação contou com homenagens em memória das vítimas de feminicídio em todo o Paraná, com a exibição de cartazes, balões e faixas, pedindo a conscientização da população na luta contra esse crime.

Dia D

A data de 22 de julho foi escolhida como o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio em referência à morte da advogada Tatiane Spitzner, de Guarapuava. Aos 29 anos, em 2018, Tatiane foi morta e jogada da sacada do prédio onde morava com o marido, Luis Manvailer, conforme concluiu o julgamento que o condenou a mais de 30 anos de prisão pelo crime.

A Lei estadual nº 19.873/2019, proposta pela deputada Cristina Silvestri (PSDB), tem como objetivo incentivar e unificar ações de combate em um “Dia D”, quando órgãos públicos, entidades, associações, lideranças políticas e sociedade civil organizada centralizam o discurso em uma única pauta: a necessidade de interromper o ciclo da violência doméstica e evitar feminicídios. 

Queremos garantir um dia de luta em que a sociedade e às instâncias públicas possam se reunir em torno de ações e de conferências de políticas de combate ao feminicídio.Cristina Silvestri, deputada.

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