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Nesta quinta-feira (20/6), o prefeito Rafael Greca realizou uma visita técnica ao posto avançado da Polícia Científica na Casa da Mulher Brasileira de Curitiba. O local começou a prestar atendimento pericial para a verificação de lesões corporais e violência sexual, representando mais um passo na proteção e suporte às mulheres vítimas de violência na cidade.
A Casa da Mulher Brasileira completou oito anos de funcionamento no dia 15 de junho, com mais de 110 mil atendimentos prestados.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba, a Casa da Mulher Brasileira, a Polícia Científica e a Cron Engenharia Ltda, responsável pela construção. O espaço visa facilitar o acesso das mulheres aos serviços periciais, aumentando a adesão e eficácia das investigações criminais. Nos dois primeiros meses da fase de implantação, foram realizados 300 atendimentos.
“Com grande alegria, Margarita e eu vemos avançar a causa da mulher em Curitiba. Nós agradecemos a todas as parcerias que nos possibilitaram materializar esse serviço humanitário. Violência é ruim e nem precisava acontecer, mas diante do infeliz dia a dia de muitas famílias brasileiras, é importante dar todo o apoio para que aqui as mulheres se sintam acolhidas”, declarou o prefeito Rafael Greca.
Com o novo posto os exames periciais de verificação de violência sexual após 72h da ocorrência passaram a ser realizados na Casa da Mulher Brasileira, visando facilitar o acesso das mulheres já acolhidas na casa, aumentando a adesão à perícia. Também podem ser feitos os exames periciais de lesões corporais de mulheres, crianças e meninos até 14 anos, acolhidos na unidade.
“A perícia oficial nos casos de violência sexual e lesões corporais confere materialidade aos crimes, possibilitando a adequada instrução de inquéritos policiais e processos criminais, resultando na devida punição e responsabilização dos agressores”, explica a coordenadora geral da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba, Sandra Praddo.
Atendimento humanizado
Greca também conheceu o novo acesso exclusivo às viaturas, fazendo com que autores de violência sejam encaminhados com mais facilidade à área da carceragem da Delegacia da Mulher. A nova entrada evita que o agressor tenha qualquer contato com a vítima dentro das instalações da unidade.
“Nosso compromisso em aprimorar o atendimento humanizado destaca a importância de espaços integrados como esse, que concentram acolhimento, apoio psicossocial, juizado especializado e delegacia. Reforçamos o comprometimento de Curitiba com a defesa dos direitos femininos”, salientou o prefeito.
Patrulha Maria da Penha
Ainda nesta quinta-feira (20/6), a Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal recebeu seis novas viaturas, que vão renovar a frota e fortalecer o atendimento às mulheres vítimas de violência. Os veículos são do modelo Toyota Yaris e foram adquiridos por meio de um convênio com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Além das viaturas, a Patrulha também foi equipada com dez tablets, que serão utilizados durante as visitas domiciliares. Com esses novos dispositivos, os patrulheiros poderão registrar os atendimentos às vítimas diretamente no sistema, em tempo real, o que otimizará o processo de registro. Os tablets foram adquiridos pela Guarda Municipal com recursos provenientes de emendas parlamentares.
Entenda como funciona o atendimento às mulheres vítimas de violência
Para garantir que as mulheres recebam o apoio necessário, são delineadas várias etapas de atendimento, conforme o tipo de violência sofrida:
1. Atendimento Imediato após Violência Sexual
As mulheres que sofrerem violência sexual devem se dirigir a um dos hospitais de referência para receber profilaxia contra infecções sexualmente transmissíveis (IST) e contraceptivo de emergência. É fundamental que esse atendimento ocorra até 72 horas após o crime para a coleta de vestígios.
2. Coleta de Vestígios e Provas
Para facilitar a identificação do criminoso, é recomendado que a mulher não tome banho e leve as mesmas roupas usadas durante o ato de violência para a coleta de vestígios. Após 72 horas, a mulher deve procurar uma Unidade de Saúde.
3. Acesso sem Encaminhamento
A vítima pode se dirigir diretamente ao setor de Pronto Atendimento de um hospital de referência, onde será atendida por uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos). Não é necessário boletim de ocorrência ou qualquer outro tipo de prova do abuso.
4. Informações sobre Procedimentos Técnicos e Legais
No hospital, a mulher será informada sobre os procedimentos legais, incluindo a denúncia e a possibilidade de interrupção de gravidez, conforme a lei permite em casos de violência sexual.
Hospitais de Referência em Curitiba
- Complexo Hospital de Clínicas UFPR (Mulheres cis e trans): Rua General Carneiro, 181 – Alto da Glória.
- Hospital Universitário Evangélico Mackenzie: Alameda Augusto Stellfeld, 1908 – Bigorrilho.
- CHT – Complexo Hospitalar do Trabalhador (Meninas acima de 12 anos): Rua Isaac Guelmann, s/n.º – Novo Mundo.
- Hospital Pequeno Príncipe (Crianças até 12 anos): Rua Desembargador Motta, 1070 – Água Verde.
Serviços de Emergência e Apoio
- 190 Polícia Militar do Paraná: Atendimento de urgências em situações de violência.
- 153 Guarda Municipal de Curitiba: Patrulha Maria da Penha para mulheres com medidas protetivas.
- 156 Central de Atendimento: Via chat online ou telefone, da Prefeitura de Curitiba.
Denúncias de Importunação Sexual
Importunação sexual contra crianças e adolescentes é crime e deve ser denunciado diretamente ao Nucria – Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes. Contato: Rua Vicente Machado, n.º 2560 – Campina do Siqueira. Telefone: (41) 3270-3370.
Presenças
Também participaram da visita o vice-prefeito, Eduardo Pimentel; representando o secretário de Estado de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, o diretor do Departamento de Inteligência do Estado, Coronel Wagner Lúcio dos Santos; o secretário municipal de Defesa Social e Trânsito, Coronel Péricles de Matos; a delegada Titular da Delegacia da Mulher, Emanuele Maria de Oliveira Siqueira; a delegada Divisional das Delegacias de Polícia Especializadas do Paraná, Luciana de Novaes; o superintendente e comandante da Guarda Municipal de Curitiba, Carlos Celso dos Santos Junior; a diretora administrativa da Polícia Científica do Paraná, Tatiane Wolf Paussak; a chefe da Unidade de Execução Técnico-científica do Tarumã, Patricia Canceler; a assessora de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres, Elenice Malzoni; o chefe da Clínica Médica, Vinícius Gamarra; a assessora de Igualdade Étnico-Racial, Marli Teixeira; a deputada estadual Marcia Huçulak; a procuradora-geral do Município, Vanessa Volpi; o controlador-geral do Município, Daniel Falcão; a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana de Castro; e os vereadores Sargento Tânia Guerreiro, Oscalino do Posto e Noêmia Rocha.
Serviço
Casa da Mulher Brasileira de Curitiba
Centro de Referência para Mulheres em Situação de Violência
Endereço: Avenida Paraná, 870 – Cabral
Atendimento: 24 horas
Telefone: (41) 3221-2701 / 3221-2710
E-mail: cmb@curitiba.pr.gov.br
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