Com 11 óbitos por influenza em 2024, Saúde alerta para imunização contra gripe

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Curitiba registrou, desde o início de 2024, 11 óbitos causados por influenza. Destes, nove aconteceram nos últimos 30 dias. Com a alta circulação do vírus da gripe neste ano, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforça o alerta para a vacinação, disponível para os públicos prioritários desde 25 de março e liberado para o público em geral desde 2 de maio.

De acordo com a SMS, o alerta para a vacinação contra a gripe é importante principalmente para o público prioritário de pessoas com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com comorbidades e gestantes e puérperas (mães que tiveram filho até 45 dias), pois são aqueles considerados mais vulneráveis para o agravamento da doença.

O perfil dos óbitos registrados por influenza em Curitiba, inclusive, mostra que todas as vítimas tinham comorbidades e oito tinham 63 anos ou mais. Além disso, dez não tinham registro do reforço anual da vacina contra a gripe – a única vítima que tinha registro da aplicação em 2024 não havia recebido o imunizante a tempo de fazer efeito – o que leva cerca de 15 dias após a aplicação.

“Com o advento da pandemia do covid-19, as pessoas começaram a encarar a gripe como se fosse uma doença branda, mas ela não é, principalmente para o grupo de pessoas mais vulneráveis. Esta é uma doença que pode, sim, levar ao óbito, como os registros estão mostrando”, afirma a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.

A capital paranaense registrou, no total, neste ano, até este momento, 117 casos de internamento por síndromes respiratórias aguda grave (Srag) em decorrência de influenza. Destes, 11 resultaram em óbito.

Em 2019, ano pré-pandemia do covid-19, foram registrados 25 óbitos por influenza. Em 2020 e 2021, anos de maior circulação de covid-19, foram registrados 3 e 9 óbitos, por gripe, respectivamente. Em 2022, quando o covid começa a recuar e o influenza a subir, foram registrados 36 óbitos por gripe. Em 2023, foram 16.  

Vacinação

De 25 de março a 5 de maio, Curitiba vacinou 244.874 pessoas no total. A cobertura do público prioritário está em 35,2%. Do total de vacinas aplicadas, 41.657 são referentes a pessoas do público em geral.

A vacina contra a gripe é contraindicada para menores de 6 meses e também para pessoas que tiveram reação anafilática grave em aplicações anteriores. Pessoas que tiverem doenças febris, inclusive covid-19, devem aguardar a ausência de sintomas para receber sua dose contra a gripe.

A vacina pode ser aplicada em 108 Unidades de Saúde da capital paranaense, das 8h até o final do expediente, de segunda a sexta-feira. Os endereços e o horário de atendimento das unidades podem ser conferidos no site Imuniza Já Curitiba.

O que fazer

Além da vacinação, o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Alcides de Oliveira, reforça que as medidas de higienização das mãos e uso de máscaras por pessoas com sintomas respiratórios continuam indicadas.

Em caso de sintomas gripais, principalmente quando acompanhados de febre alta, a orientação é entrar em contato, o mais breve possível, com a Central Saúde Já, pelo telefone 3350-9000. A Central funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 22 horas; e nos sábados e domingos das 8h às 20h. Outra opção é procurar diretamente a unidade de saúde. As UPAs só devem ser buscadas em casos mais graves.

No caso da suspeita de influenza, se atendidos os critérios, poderá ser prescrito o medicamento Oseltamivir, que faz efeito apenas nas primeiras horas.

Segundo Oliveira, no caso de pacientes não hospitalizados, o Oseltamivir é indicado quando há suspeita de influenza, apenas nas primeiras 72 horas de sintomas para pacientes gestantes e nas primeiras 48 horas para os demais. Há suspeita clínica de gripe quando é observado febre de 38,5º C de início abrupto com a presença de outros sintomas respiratórios, como tosse e dor de garganta.

VACINA CONTRA A GRIPE

Desde 2/5 (quinta-feira), a vacinação contra a gripe está disponível para toda a população acima de seis meses de idade, atendendo à orientação do Ministério da Saúde, mas alguns públicos são considerados mais vulneráveis ou prioritários.

Público prioritário para se vacinar contra a gripe:

  • População acima de 6 meses de idade e menor de 6 anos
  • Gestantes
  • Puérperas (mulheres que tiveram filho até 45 dias)
  • Pessoas com doenças crônicas
  • Pessoas com deficiência permanente
  • Professores do ensino básico e superior
  • Indígenas
  • Pessoas em situação de rua
  • Profissionais da força de segurança e salvamento
  • Profissionais das formas armadas
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores do transporte coletivo
  • Trabalhadores portuários
  • Trabalhadores da Saúde
  • Acamados

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