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O case de sucesso do modelo Saúde 4.1, adotado em Curitiba, foi o tema da secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, no Painel Inovação Pública para Cidadãos Digitais realizado nesta quinta-feira (21/3), no Smart City Expo Curitiba 2024. Beatriz dividiu o palco com Igor Oliveira, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Assaí, município do norte do Paraná que, assim como a capital, está entre as cidades mais inteligentes do mundo.
“Chamamos de Saúde 4.1 o sistema utilizado em Curitiba que incorpora tecnologias à serviço das pessoas. Assim como destaca o prefeito Rafael Greca, a inovação só é interessante se tem impacto na vida das pessoas e é isso que desenvolvemos na atenção à saúde do curitibano”, destacou Beatriz Battistella.
Depois de apresentar como funciona o sistema público de saúde curitibano e sua evolução desde a criação do SUS no país, a secretária destacou alguns exemplos de inovação, como o Aplicativo Saúde Já, criado pelo prefeito Rafael Greca em 2017, e a Central Saúde Já – 3350-9000, que entrou em funcionamento quando Curitiba confirmou o primeiro caso de covid-19, em março de 2020.
“A inovação está presente em nosso sistema de saúde antes mesmo da criação do SUS. É um processo de melhoria contínua, que incorpora soluções desenvolvidas para as necessidades de nossos trabalhadores e dos cidadãos curitibanos”, destacou a secretária.
Em 1999 foi criado o primeiro prontuário eletrônico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), base para o e-saúde, sistema que unifica as informações dos usuários cadastrados e os serviços executados em todos os níveis de atenção, desde as unidades básicas de saúde, serviços especializados e rede hospitalar.
“A Central Saúde Já é um dos legados da pandemia. Foi através dela que conseguimos reduzir a circulação de pessoas naquele momento de enfrentamento da covid-19 sem limitar o acesso aos serviços de saúde” lembrou a secretária. “Desde abril de 2023, ela foi ampliada para atendimentos de casos leves e já atingimos mais de 1 milhão de teleatendimentos desde sua criação”, ressaltou.
Em março de 2024, a Central Saúde Já Curitiba atingiu a marca de 1 milhão de teleatendimentos. A ligação número 1 milhão foi atendida pelo prefeito Rafael Greca.
Outra ferramenta que amplia o acesso aos serviços de saúde de Curitiba, o aplicativo Saúde Já, foi criado para facilitar o agendamento de consultas nas unidades de saúde. Aos poucos, ganhou novas funcionalidades e se tornou o principal canal de comunicação da SMS com o usuário do SUS Curitibano.
Pelo app, é possível agendar atendimento com a enfermagem e com dentistas, confirmar exames e consultas especializadas, receber mensagens de serviços e orientações, verificar a carteira vacinal e as vacinas aplicadas, pendentes e em atraso, e também realizar videoconsulta com médicos e enfermeiros da Central Saúde Já.
“Nosso objetivo é incorporar novas tecnologias e aprimorar nosso sistema para que Curitiba seja uma cidade com população saudável e feliz, onde o SUS seja reconhecido por sua excelência, tornando-se uma referência nacional e internacional”, definiu Beatriz.
Tanto Beatriz Battistella quanto Igor Oliveira concordaram que as soluções tecnológicas de gestão pública não estão prontas, à disposição de quem quer inovar. “Primeiro é preciso saber o que queremos, qual é o problema a ser enfrentado e então apoiar-se na tecnologia disponível para buscar resultados esperados”, disse Igor.
Ao falar sobre Inteligência Artificial, os debatedores concordaram que se trata de ferramenta. “Precisamos primeiro usar nossa inteligência, saber o que queremos, e então adotar a inteligência artificial para alcançar novos resultados”, concluiu a secretária da Saúde.
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