Índices de educação, saúde e economia avançam em 1º ano de Lula 3; contas públicas pioram

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Em 2023, indicadores do Brasil melhoram em 66 casos e pioram em 20; outros 13 ficam estáveis

A análise de 99 indicadores do país na economia, saúde, educação e outras áreas mostra que em 2023, primeiro ano do terceiro mandato de Lula (PT), a maioria deles evoluiu positivamente em relação a 2022 ou outro período de comparação mais adequada para o dado.

No total, 66 melhoraram, 20 pioraram e 13 ficaram estáveis.

A evolução é bem maior do que a observada em 2019, primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro (PL), quando a maioria dos indicadores analisados à época, 56%, teve resultado negativo.

A reportagemusou dados de ministérios, de órgãos como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Banco Central, além de relatórios periódicos de entidades como Transparência Internacional e CNI (Confederação Nacional da Indústria). Ouviu também especialistas nas áreas afins.

Os 99 pontos abordados integram, na quase totalidade, pacote analisado pela Folha desde os seis primeiros meses da gestão Bolsonaro (2019-2022).

Em relação a alguns importantes indicadores, como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), da ONU, ainda não há dados sobre 2023.

A evolução dos indicadores não reflete, necessariamente, ação direta do governo federal. Na segurança pública, por exemplo, a maior responsabilidade cabe aos governos estaduais. Na economia, outro exemplo, indicadores também são influenciados por conjunto de ações ao longo dos anos, o que inclui atores de fora do governo federal e das fronteiras nacionais.

Em linhas gerais, os resultados na economia no ano passado tiveram melhora em 24 pontos, como alguns segmentos do PIB, inflação e câmbio. Houve piora em 11, em especial o aumento da dívida e os rombos nas contas públicas e nos gastos previdenciários.

O PIB, cujo resultado foi anunciado na sexta-feira (1º), cresceu 2,9% em 2023, resultado puxado em grande parte pela agropecuária. O desempenho foi equivalente ao do último ano do governo anterior (3%).

O primeiro ano do governo Lula também foi marcado por ações com impacto no mercado interno, como a retomada de programas sociais, em particular o Bolsa Família, e uma nova política para o salário mínimo, que garante um aumento real no valor.

A inflação fechou 2023 controlada, apesar de haver preocupação com a de serviços futura. O Brasil também deu início a uma trajetória descendente na taxa básica de juros, antes de países ricos.

No ano passado, o governo conseguiu aprovar reformas estruturantes, como a mudança no sistema tributário e o arcabouço fiscal.

Houve piora, porém, em índices relacionados com as contas públicas e os investimentos diretos de estrangeiros no país.

“A gente teve uma perda com a mudança do arcabouço fiscal”, afirma Carlos Kawall, sócio-fundador da Oriz Partners e ex-secretário do Tesouro Nacional. “Abandonou-se o teto de gastos por uma regra de resultado primário, que, pelo seu desenho original, garante um cenário de estabilização da dívida pública muito a longo prazo. É um desenho que agora vai exigir aumento da carga tributária.”

A professora da UnB Daniela Freddo afirma que os dados de emprego dão a dimensão de melhora na economia, pois atingem diretamente a população.

“Creio que essa melhora acontece em parte por causa da retomada econômica natural pós-pandemia, mas também acredito que, de uma forma geral, com as reformas que aconteceram no ano passado, isso dá mais segurança para novas contratações e para aumentar o rendimento no mercado de trabalho”, afirma.

“De modo geral, a confiança na economia aparece, e isso se espelha em todos os indicadores, exceto os das contas públicas.”

As estatísticas de trabalho mostram que em 2023 a taxa de desemprego no Brasil recuou a 7,8%, o melhor resultado desde 2014. O Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) registrou saldo positivo de 1,5 milhão de novos empregos com carteira assinada, mas o número foi inferior a 2022 (2 milhões) e a 2021 (2,8 milhões).

No MEC (Ministério da Educação), o ano de 2023 foi de retorno a uma posição de coordenação da política educacional, que havia sido desmontada sob Bolsonaro.

Houve recomposição orçamentária, mas dificuldades na execução de recursos ao longo do ano. O governo não conseguiu fazer a revisão planejada do novo ensino médio -inclusive porque não teve apoio das secretarias de Educação dos estados.

De 10 indicadores apurados, 8 avançaram. Houve uma piora e uma estabilidade, ambas relacionadas ao ensino superior.

Em 2023, houve menos vagas no Sisu (Sistema de Seleção Unificada). O sistema agrega as vagas das universidades públicas que usam a nota do Enem para selecionar alunos.

Além da retomada orçamentária, que se viu da creche à pós-graduação, houve lançamento de programas estruturantes, como o fomento a escolas de tempo integral e, no fim do ano, o lançamento de um programa de R$ 7 bilhões por ano para combater a evasão escolar no ensino médio com o pagamento de bolsas.

Dados do Censo Escolar mostraram avanços nas matrículas de creche, tempo integral e educação profissional -esta última sem que houvesse lançamento de uma política específica.

No caso da alfabetização, cujo novo programa foi lançado em junho de 2023 e colocado como prioridade pelo ministro Camilo Santana (Educação) e por Lula, houve adesão de todos os estados e de 99,2% dos municípios, segundo o governo.

Mas a promessa de um investimento em 2023 de R$ 1 bilhão não foi atendida. O MEC fechou o ano com R$ 318,7 milhões pagos, o equivalente a 45% da dotação atualizada -mesmo assim, os valores foram superiores aos de 2022.

Para o consultor Alexandre Schneider, pesquisador da Diretoria de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da FGV, o primeiro ano da gestão Lula na educação foi marcado por iniciativas importantes, como, diz ele, o lançamento do programa de alfabetização, a volta do financiamento à educação integral e a aprovação da nova Lei de Cotas.

Mas Schneider critica a falta de um projeto mais consistente.

“De outro lado, houve dificuldade em transferir recursos aos estados e municípios e se postergou a necessária reforma do ensino médio, deixando milhões de estudantes à deriva. Falta um plano coerente e sistêmico ao MEC, que indique aonde quer chegar ao fim do mandato, como fizeram Paulo Renato Souza e Fernando Haddad”, diz ele, que é doutor em administração pública e já foi secretário de Educação da cidade de São Paulo.

Sob a gestão de Nísia Trindade, o Ministério da Saúde tentou se afastar da conduta negacionista que marcou a pasta no governo anterior, em assuntos como a Covid-19, vacinação e saúde indígena.

O ministério teve como maiores desafios a crise yanomami, recompor programas como o Mais Médicos e enfrentar baixas coberturas vacinais.

De 10 indicadores analisados, houve piora na situação da dengue no país. A cobertura das vacinas do calendário básico infantil ficou estável.

Os indicadores com avanços estão ligados ao número de profissionais de saúde e de procedimentos realizados no SUS, além da disponibilidade de leitos. Dados ainda preliminares também apontam queda de mortalidade materna, infantil e prematuras (30 a 69 anos) por DCNT (doenças crônicas não transmissíveis).

As informações da Saúde, também preliminares, mostram quedas de cobertura de imunizantes importantes, por exemplo, de BCG e hepatite B, além de estabilidade para a pentavalente.
Vacinações de tríplice viral e poliomielite aumentaram, mas ainda abaixo da meta -no caso da vacina contra a paralisia infantil, a cobertura foi de 77,2% para 78%, mas a meta era 95%.

O pediatra Juarez Cunha, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), afirma que os dados sobre BCG e hepatite B ainda são imprecisos, por causa de mudanças na forma de registro das aplicações das doses. Ele diz acreditar que a cobertura desses imunizantes segue estável.

“Esperava-se uma melhoria nesses números em 2021 ou 2022, porque nunca se falou tanto de vacina como na pandemia, mas o que a gente observa é que a politização desse assunto acabou impactando também as coberturas das outras vacinas”, disse Cunha.

No meio ambiente, houve queda expressiva do desmatamento na Amazônia, mas crescimento recorde no cerrado. As queimadas também avançaram, um milhão a mais de hectares de 2022 para 2023, segundo o Monitor do Fogo, do MapBiomas.

Na segurança pública, os números informados pelos estados ao Ministério da Justiça mostram, na maioria, redução de casos, seguindo tendência observada desde 2018. Já o dado sobre mortes nas estradas federais piorou, com aumento de ocorrências.

Ministério listam ações sobre indicadores abordados

A equipe do ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirma que parte da piora das contas públicas se deve à herança do governo anterior, que deu calote nos precatórios e promoveu a desoneração para combustíveis e energia, com vistas às eleições presidenciais.

André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente, diz que o desmatamento recorde no cerrado é influenciado em parte pela legislação que permite desmate de 80% do cerrado em propriedades fora da Amazônia Legal.

Ele afirmou que há intenção de reunir governadores do cerrado para elaborar ações contra o desmatamento ilegal e para discutir mudanças que desincentivem o legal.

Sobre as queimadas, André Lima afirma que o governo trabalha com dados do Inpe, que usa como medida o número de focos de incêndio e registrou leve queda de 2022 para 2023.

O Ministério da Saúde afirmou que a retomada das altas coberturas vacinais é prioridade e que tem promovido uma série de ações, com aumento da cobertura de oito vacinas do calendário infantil.

Sobre a dengue, a pasta disse que desde o ano passado coordena ações para o seu enfrentamento, entre elas a ampliação do repasse em até R$ 1,5 bilhão para apoio a estados e municípios.

O chefe da Coordenação de Prevenção de Acidentes da Polícia Rodoviária Federal, Paulo Guedes, afirmou que, apesar do esforço na segurança viária, o aumento no número de mortes ocorre em especial nos casos envolvendo descumprimento das normas de trânsito e falta de atenção ou desconhecimento de preceitos básicos para a condução dos veículos.

O Ministério da Justiça afirmou que investe “em políticas de prevenção e combate ao crime” e que em 2023 foram investidos mais de R$ 18 bilhões em segurança pública.

Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços disse que a redução dos investimentos diretos no país é reflexo de uma tendência global, afetada também por conflitos geopolíticos e nível de endividamento de países, mas considera que medidas como o novo arcabouço e a reforma tributária vão contribuir para atrair investimentos.

Minas e Energia disse que a redução nos valores dos combustíveis em 2022 gerou ônus para a União e que a reoneração se insere no contexto da transição energética. Afirmou ainda que medidas como o fim da paridade de preço internacional contribuem para tornar os preços mais adequados.
O Ministério da Previdência não se manifestou.


IndicadorEvoluçãoSituação
Abertura de empresas na BovespaEstávelNenhuma empresa abriu capital na Bolsa de Valores de São Paulo em 2023, mesma situação observada em 2022
Agentes comunitários de saúdeMelhorouNúmero de agentes comunitários foi de 287,6 mil para 292 mil em 2023
AlfabetizaçãoMelhorouO MEC sob o governo Lula gastou em política de alfabetização no ano passado R$ 318 milhões, contra R$ 235 milhões em 2022, ainda sob Bolsonaro. Os investimentos em alfabetização em 2023, no entanto, ficaram longe do disponível no orçamento e quase todo gasto só foi executado no fim do ano. Assim, a nova política de alfabetização do governo Lula só terá efeito prático, na sala de aula, neste ano de 2024
ArmasMelhorouO número de armas no governo Jair Bolsonaro explodiu após a publicação de normas que flexibilizaram o acesso. Após quatro anos de políticas públicas pró-armamentistas, o novo governo revogou e alterou normas e o número de novos registros de posse de armas de fogo no Brasil caiu mais de 80% em 2023
Arrecadação tributáriaEstávelA arrecadação do governo federal fechou 2023 com queda real de 0,1% em relação ao ano anterior. Apesar do recuo, é o segundo melhor ano da série histórica iniciada em 1995. A arrecadação de 2023, que totalizou R$ 2,32 trilhões, ficou abaixo apenas da de 2022, de R$ 2,36 trilhões, em valores corrigidos pela inflação
Avaliação popular do desempenho de deputados e senadoresMelhorouOs deputados federais e senadores tiveram o trabalho aprovado no primeiro ano de legislatura por 18% dos entrevistados pelo Datafolha, com 35% de rejeição. Outros 43% consideraram o desempenho dos congressistas regular. Os números são ligeiramente melhores do que os colhidos pelo Datafolha no primeiro ano da legislatura anterior, em 2019, quando a aprovação era de 14%, a rejeição de 45% e a avaliação regular, 38%
Avaliação popular do presidente da RepúblicaMelhorouLula encerrou seu primeiro ano de mandato com 38% de aprovação popular e 30% de rejeição, de acordo com o Datafolha. Em 2019, Bolsonaro encerrou seu primeiro ano no Palácio do Planalto com 30% de aprovação e 36% de rejeição
Balança comercialMelhorouAs exportações superaram as importações em US$ 98,8 bilhões em 2023, ultrapassando com folga o saldo do ano anterior, de US$ 61,5 bilhões
Bolsa FamíliaMelhorouDe acordo com os dados do governo, o programa encerrou 2023 com números recordes –média, 21,3 milhões de famílias atendidas (contra 19,2 milhões em 2022), orçamento de R$ 14,1 bilhões em média, por mês (contra R$ 7,8 bilhões do ano passado) e valor médio repassado às famílias de R$ 670,36 por mês (contra R$ 394,48 de 2022). Na comparação entre dezembro de cada ano, em 2023 foram 21,06 milhões de famílias contempladas, com orçamento total de R$ 14,25 bilhões e benefício médio de R$ 680,61. Em dezembro de 2022, foram 21,6 milhões de famílias contempladas, com orçamento total de R$ 13 bilhões e benefício médio de R$ 607
Botijão de gásMelhorouO preço médio do botijão de 13 kg estava em R$ 100,98 no final de 2023, valor inferior ao do final de 2022 (R$ 108,64)
Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)PiorouApesar de ter havido um saldo positivo de 1,5 milhão de novos empregos com carteira assinada em 2023, esse número foi inferior a 2022 (2 milhões) e 2021 (2,8 milhões)
Cesta básicaMelhorouPreço médio da cesta básica calculado pelo Dieese teve queda em 15 das 17 capitais avaliadas no primeiro ano do governo Lula. Em 2022, por outro lado, o preço médio havia aumentado em todas as 17 capitais
Cobertura vacinal (crianças)EstávelDados preliminares da Saúde mostram quedas de cobertura, por exemplo, de BCG, hepatite B e estabilidade da pentavalente. Vacinação de poliomielite e tríplice viral aumentou. Juarez Cunha, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), afirma que os dados sobre BCG e hepatite B ainda são imprecisos, por causa das mudanças na forma de registro das aplicações das doses. Ele acredita que a cobertura destes imunizantes segue estável
Comércio/VarejoMelhorouAs vendas do comércio varejista no país tiveram alta de 1,7% em 2023, superando a de 2022 (1%), de acordo com os dados do IBGE
Confiança do consumidorMelhorouO índice de confiança do consumidor, medido pela FGV/Ibre, subiu de 88 pontos, registrados em dezembro de 2022, para 97, em setembro de 2023 (último dado disponível)
Confiança do empresariadoEstávelO índice de confiança do empresário industrial, medido pela CNI, encerrou 2023 aos 51 pontos, praticamente o mesmo resultado do final de 2022 (50,8 pontos)
Contas externasMelhorouDados do Banco Central apontam que o rombo nas contas externas apresentou uma redução de 41% no ano de 2023. O déficit nas transações correntes somou US$ 28,6 bilhões, ante um total de US$ 48,3 bilhões em 2022
Demarcação de terras indígenas e orçamento da FunaiMelhorouAs terras indígenas são classificadas nas seguintes categorias: em estudo, delimitada, declaradas, homologadas e regularizadas. Em 2022, não houve declaração ou homologação de terras indígenas. Em 2023, oito foram homologadas. O orçamento da Funai, de acordo com o Portal da Transparência, cresceu de R$ 609 milhões para R$ 813 milhões de 2022 para 2023
DenguePiorouBrasil já registrou mais de 1 milhão de casos prováveis de dengue e 214 mortes confirmadas pela doença em 2024. No mesmo período de 2023, eram 207 mil casos
Desmatamento na Amazônia LegalMelhorouO primeiro ano do terceiro mandato de Lula registrou queda expressiva do desmatamento na amazônia. Dados do sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que em 2023 foi perdida uma área de 5.151,6 km² na floresta amazônica, uma redução de 50% na comparação com os índices de 2022
Desmatamento no cerradoPiorouDados do sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que no primeiro ano do terceiro mandato de Lula houve crescimento recorde do desmatamento no cerrado, 7.828,2 km², o que representa alta de 43%
Dívida bruta do governo geralPiorouA dívida bruta do governo geral (que engloba governo federal, INSS e governos estaduais e municipais), medida pelo Banco Central, atingiu 74,3% do PIB (R$ 8,1 trilhões) em 2023, contra 71,7% em 2022. Contribuiu para esse resultado o fato de o governo Jair Bolsonaro (PL) ter adiado despesas no ano em que disputou a eleição com Lula
Dívida líquida do setor públicoPiorouA dívida líquida do setor público foi a 60,8% do PIB (R$6,6 trilhões) em 2023, contra 57,5% de 2022
DólarMelhorouA moeda norte-americana chegou ao final de 2023 cotada a R$ 4,85, 8% abaixo do fechamento de 2022, quando estava em R$ 5,28
Educação – Investimentos federais na educação básicaMelhorouO primeiro ano do governo Lula registrou maiores investimentos em educação básica com relação a 2022, último ano de Bolsonaro. Parte considerável do montante gasto em 2023, no entanto, veio apenas nos últimos dias do ano, como é o caso dos recursos destinados para bolsas de permanência do ensino médio. A política representa R$ 6 bilhões, dos R$ 13 bilhões anotados para a educação básica no ano passado. Mas o programa só começa a valer neste ano
Educação – Investimentos federais no ensino profissionalMelhorouA educação profissional não foi alvo de uma política específica no primeiro ano do governo Lula. Os investimentos direcionados para isso somaram em 2023 o total de R$ 12,8 bilhões, contra R$ 12,3 bilhões em 2022 (valor atualizado). Houve alta, mas de apenas 4%. Mesmo assim o número de matrículas avançou com relação a 2022. Eram 1,24 milhão de matrículas e passou para 1,34 milhão, considerando só a rede pública
Educação – Investimentos federais no ensino superiorMelhorouApesar de ter ampliado o orçamento das instituições federais de ensino superior em 2023, reitores tiveram problemas no ano passado para conseguir a liberação de recursos. Os R$ 33,8 bilhões pagos na subfunção ensino superior representam 6% a mais do executado no último ano do governo Bolsonaro
Educação – Pós-graduaçãoMelhorouO governo aumentou o valor das bolsas de pós-graduação geridas pela Capes. E também houve aumento no número de beneficiários. Eram 98,2 mil bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutoramento em 2022. Esse número passou para 103,2 mil, sobretudo pela ampliação nas bolsas de doutorado
Educação – Tempo integralMelhorouA maior parte dos recursos de tempo integral também só foram liberadas no fim do ano de 2023. Mas os valores destinados à política, colocada como prioridade pelo governo, são bastante superiores ao do último ano de Bolsonaro. Em 2023, foram pagos R$ 1,9 bilhão, contra R$ 132 milhões em 2022
Educação infantil – obras, manutenção e matrículasMelhorouO governo Lula conseguiu destravar parte dos gastos em obras para creches e pré-escolas com relação ao governo Bolsonaro. Os gastos com manutenção de novas turmas, manutenção de novos estabelecimentos e construção de creches chegaram a R$ 606 milhões em 2023, contra R$ 172 milhões no ano anterior (dados de 2022 atualizados pela inflação). As matrículas em pré-escola (4 a 5 anos) indicam universalização do acesso. Em creches (de 0 a 3 anos), o número de alunos passou de 2,61 milhões para 2,75 milhões somente na rede pública
Endividamento das famíliasMelhorouO endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro nacional estava em 48,2% em novembro, dado mais recente divulgado pelo Banco Central, redução de 1,3 ponto percentual em relação a novembro de 2022. O pico ocorreu em julho de 2022, quando o índice chegou a 50,1%
Enem – participaçãoMelhorouO governo Lula conseguiu interromper em 2023 uma curva de queda no número de inscritos e participantes no Enem, que é a principal porta de entrada para o ensino superior. As taxas de abstenção no exame seguiram alta, no entanto
Estados em dificuldade de honrar dívidasPiorouAumentou o número de estados classificados pelo Tesouro com notas C e D, o que indica dificuldades para honrar dívidas e impede que façam empréstimos com garantia da União. O cálculo é composto por três indicadores: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez. Em 2023, oito estados estavam nessa situação, ante seis estados no ano anterior
EstuprosMelhorouDe acordo com o Sinesp, houve leve recuo de registros de 2022 (79.509) para 2023 (77.940)
Expectativa da variação do dólarMelhorouNo fim de 2022, a expectativa do mercado para o dólar no fechamento de 2023, medida pelo Banco Central no Boletim Focus, era de R$ 5,27. Já no encerramento de 2023, o mercado projetou dólar a R$ 5 no fim de 2024
Famílias assentadas da reforma agrária e orçamento do IncraEstávelApesar de no primeiro ano de Lula 3 o número de áreas incorporadas ao programa de reforma agrária e o número de famílias assentadas ter subido levemente, o orçamento discricionário do Incra foi o menor desde 2003, R$ 300 milhões
FeminicídioEstávelOs números de ocorrência ficaram praticamente os mesmos em 2022 (1.449) e 2023 (1.431)
FiesEstávelO número de pessoas que tiveram acesso ao Fies (Financiamento Estudantil) no primeiro ano do governo Lula foi de 50.360 contratos, similar ao de 2022, quando houve 50.914 contratos. O Fies foi uma bandeira da educação de governos do PT, mas a partir 2012 houve uma explosão de gastos e regras estipuladas após 2015, ainda sob o governo Dilma Rousseff (PT), que enxugaram ano a ano o programa. Em 2023, o governo apostou em renegociação de dívidas
Fila do INSSMelhorouA fila de espera pela análise de benefícios previdenciários passou de 2,069 milhões de pedidos em dezembro de 2022 para 1,545 milhão em dezembro de 2023. O tempo médio de espera por resposta diminuiu de 79 dias em dezembro de 2022 para 47 dias em dezembro de 2023. Novos pedidos mensais chegaram a 1 milhão em 2023, contra média de cerca de 750 mil ao mês, em 2022
Financiamento da culturaMelhorouO número de projetos aprovados via Lei Rouanet, principal mecanismo de fomento a cultura no país, mais que triplicou em 2023, em relação ao ano anterior. De acordo com o Salic, Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura, foram 2.954 em 2022, número que subiu para 10.816 em 2023. Os valores captados foram de R$ 2,1 milhões e R$ 2,3 milhões, respectivamente. A renúncia fiscal efetiva, de acordo com o MinC, só é informada com precisão pela Receita cerca de dois anos depois, já que pode haver investimentos privados que superam o teto de renúncia autorizado por lei a cada empresa. Caso ocorra, o valor doado é considerado patrocínio privado
Fiscalização do IbamaMelhorouOs indicadores de fiscalização (autos de infração e apreensões), que despencaram sob Bolsonaro, voltaram a subir em 2023. As despesas empenhadas do órgão também subiram, de R$ 1,55 bilhão em 2022 para R$ 1,76 bilhão em 2023
Fluxo de veículos nas estradas pedagiadasMelhorouDe acordo com o índice ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), o fluxo total de veículos leves e pesados em dezembro de 2023 foi 6,6% maior na comparação com dezembro de 2022
Geração de energia elétricaMelhorouDe acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a carga de energia gerada no Sistema Interligado Nacional subiu de 611.262 GWh (gigawatt-hora) em 2022 para 654.240 no ano passado, uma alta de 7%
Homicídio dolosoMelhorouSegundo o Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública) do Ministério da Justiça, 2023 manteve a tendência de queda nos homicídios dolosos observada nos últimos anos. Foram 48.965 casos em 2018 contra 38.932 em 2022 e 37.602 em 2023
IGP-MMelhorouO IGP-M, índice que orienta os reajustes de aluguel no país, registrou queda em 2023 de 3,18%. No ano anterior, houve alta de 5,45%
INPCMelhorouO INPC, que mede os preços da cesta de consumo da população com renda de até cinco salários mínimos, subiu 3,71% em 2023 contra 5,93% em 2022
Investimentos diretos no paísPiorouDados do Banco Central mostram que o investimento direto no país caiu US$ 74,6 bilhões em 2022 para US$ 62 bilhões em 2023
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)MelhorouO IPCA, que mede os preços de produtos do varejo para consumo das famílias, teve elevação de 4,62% em 2023, contra 5,79% em 2022
LatrocínioMelhorouSegundo o Sinesp, o número caiu de 1.248 ocorrências em 2022 para 953 em 2023
Leitos hospitalares (inclui UTI)MelhorouNúmero de leitos do SUS passou de 396 mil para 399 mil durante 2023
Lesão corporal seguida de morteEstávelSegundo o Sinesp, foram 618 casos em 2022, com leve redução em 2023 (602)
Minha Casa Minha VidaMelhorouO programa habitacional para a baixa renda foi sucateado na gestão Bolsonaro e rebatizado de Casa Verde e Amarela, sofrendo reduções expressivas de verba ano a ano e retirando o foco na faixa 1 do programa, voltada às famílias mais pobres. O governo Lula recriou o programa e reservou R$ 13,7 bilhões na proposta de Orçamento de 2024, alta de 41,1% em relação à dotação de 2023. O Congresso reduziu a fatia para R$ 12,4 bilhões
Mortalidade infantilMelhorouDados preliminares da Saúde mostram queda de 32,2 mil para 30,5 mil mortes entre 2022 e 2023
Mortalidade maternaMelhorouInformações preliminares da Saúde indicam queda de 69 mil para 62 mil mortes entre 2022 e 2023
Mortes decorrentes de intervenção policialMelhorouEm 2022 houve 6.433 pessoas mortas por agentes do Estado, número que caiu para 6.298 em 2023
Mortes nas estradas federaisPiorouAs mortes nas estradas federais em decorrência de acidentes subiram de 5.439 em 2022 para 5.615 em 2023, de acordo com os dados da Polícia Rodoviária Federal
Mortes no trânsitoMelhorouO indicador do Sinesp que registra homicídio decorrente de negligência, imprudência ou imperícia, desde que ocorrido em circunstâncias de trânsito, marcou 24.260 mortes em 2022 contra 23.492 em 2023
Mortes prematuras (30 a 69 anos) por DCNT (doenças crônicas não transmissíveis)MelhorouInformações preliminares da Saúde indicam queda de 323 mil para 299 mil mortes entre 2022 e 2023
Médicos de família no SUS (atenção primária)MelhorouSoma de médicos da estratégia de saúde da família e de médico de família e comunidade foi de 29 mil para 35,6 mil durante o primeiro ano do governo
Orçamento da CulturaMelhorouO Ministério da Cultura, em 2023, empenhou e liquidou despesas de investimento no valor de R$ 98,5 milhões, contra empenho de R$ 38,7 milhões e liquidação de R$ 17,8 milhões em 2022, quando o órgão não tinha status de ministério e era vinculado ao Turismo
Orçamento do EsporteMelhorouEm 2023 o Ministério do Esporte foi recriado (sob Bolsonaro era uma secretaria dentro da pasta de Cidadania), com ampliação de recursos. A previsão de gastos na proposta orçamentária para 2023, enviado pela gestão anterior, era de menos de R$ 200 milhões. De acordo com o portal da Transparência, o orçamento atualizado de 2023 é de R$ 1,37 bilhão. O orçamento discricionário de 2023 (excluídas as emendas parlamentares) ficou em R$ 484 milhões em 2023, contra R$ 385 milhões do ano anterior
PIBEstávelO ano de 2023 terminou com um crescimento de 2,9% na economia brasileira, totalizando R$ 10,9 trilhões. O resultado ficou levemente abaixo da variação de 2022, de 3%
PIB agropecuárioMelhorouO PIB Agropecuário fechou 2023 com uma alta recorde de 15,1% em relação ao ano anterior. É a maior subida desde o ano de 2014. O valor total foi de R$ 677 bilhões
PIB/Consumo das famíliasMelhorouO resultado final apresentou uma alta de 3,1% em 2023, em comparação com o ano anterior. O consumo das famílias brasileiras atingiu um total de R$ 1,8 trilhão. Apesar da alta anual, o último quadrimestre apresentou uma queda de 0,2%
PIB/Exportação de bens e serviçosMelhorouAs exportações de bens e serviços cresceram 9,1% no ano de 2023, em relação aos 12 meses anteriores. A alta é maior do que a registrada em 2022, quando houve um aumento de 5,7%
PIB/Importação de bens e serviçosPiorouO resultado de 2023 mostrou uma queda de 1,2% em 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior. O dado representa uma reversão de tendência, pois a importação de bens e serviços vinha fechado com índice positivo em 2021 e 2022
PIB/IndústriaMelhorouO resultado de 2023 apontou uma alta de 1,6%, em relação ao ano anterior. O valor total foi de R$ 2,4 trilhões
PIB/InvestimentosPiorouPIB de investimentos recuou 3% no ano de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. A taxa de 16,5% do PIB é a menor desde o ano de 2017. No ano passado, o índice registrado foi de 17,8% do PIB
PIB/ServiçosPiorouO PIB de serviços registrou alta de 2,4% no acumulado de 2023, desaceleração em relação a 2022, quando a alta foi de 4,3%
PNAD Contínua – Pessoas com carteira de trabalho assinadaMelhorouO número de empregados com carteira de trabalho no setor privado aumentou 5,8% (37,7 milhões de pessoas), o melhor resultado da série histórica iniciada em 2012
PNAD Contínua – Pessoas sem carteira de trabalho assinadaEstávelA informalidade passou de 39,4% em 2022 para 39,2% em 2023. As 13.5 milhões de pessoas sem carteira assinada no final de 2023 não apresentaram variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, diz o IBGE
PNAD Contínua – População desalentadaMelhorouO número de pessoas que desistiram de procurar emprego por acreditar que não terão vez no mercado de trabalho, que chegou ao recorde de 6 milhões durante a pandemia, recuou de 4 milhões no final de 2022 para 3,4 milhões no final de 2023
PNAD Contínua – Rendimento médio do trabalhadorMelhorouRendimento médio no final de 2023 foi de R$ 3.032, o melhor resultado desde o final de 2020
PNAD Contínua – Subutilização da força de trabalhoMelhorouTaxa composta da subutilização (brasileiros que não trabalharam ou trabalharam menos do que gostariam no período) em 2023 foi estimada 18%, queda de 2,9 pontos percentuais em relação a 2022 (20,9%)
PNAD Contínua – Taxa de desempregoMelhorouA taxa de desemprego do Brasil recuou a 7,8% em 2023, o melhor resultado desde 2014 e uma queda de 1,8 ponto percentual ante 2022 (9,6%)
Preço médio da gasolinaPiorouO valor médio do litro da gasolina na bomba fechou 2023 a R$ 5,58, alta de 12,5% em relação ao final de 2022, quando estava em R$ 4,96
Preço médio do dieselMelhorouO valor médio do litro do diesel fechou 2023 a R$ 5,86, valor inferior ao do mesmo período do ano anterior, quando ficou em R$ 6,25
Preços administradosPiorouA retomada da cobrança de tributos congelados por Jair Bolsonaro no ano eleitoral de 2022 pressionou o índice. De acordo com o IBGE, a variação acumulada em 12 meses dos itens com preços administrados –que inclui taxa de água, energia, gás e gasolina– foi de 9,12% em 2023, contra queda de 3,82% no ano anterior
Produção de barril de petróleo e gás naturalMelhorouDados da ANP (Agência Nacional do Petróleo) mostram que em 2023 a produção média anual de petróleo ficou em 3,4 milhões de barris por dia, 12,57% acima do recorde registrado em 2022 (3 milhões de barris/dia). A produção de gás natural teve média anual de 150 milhões de metros cúbicos/dia, 8,7% a mais que em 2022
QueimadasPiorouEm 2023 houve queimadas em 17,3 milhões de hectares do território nacional, contra 16,2 milhões de hectares em 2022, de acordo com a plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomas. Já o BDQueimadas, do Inpe, que usa como medida o número de focos, registrou leve queda, de 200.763 em 2022 para 189.926 em 2023. A plataforma já registra em janeiro e fevereiro de 2024, porém, focos em número bem superior a de igual período de 2022 e 2023
Ranking global de competitividadeEstávelO Brasil ficou em 2023 na 60ª posição do ranking de competitividade produzido anualmente pelo IMD World Competitiveness Center, em análise feita com 64 países. É um dos piores resultados, estagnado em relação a 2022, quando estava na 59ª posição em um universo de 63 países
Ranking global de corrupçãoPiorouO Brasil caiu dez posições e ficou em 104º lugar entre 180 países no ranking IPC (Índice de Percepção da Corrupção) de 2023, elaborado pela ONG Transparência Internacional com base em pesquisas e relatórios sobre como o setor público é percebido por especialistas e executivos de empresas. Enquanto a média mundial ficou estagnada em 43 pontos pelo 12º ano consecutivo —o índice vai de 0, que caracteriza o cenário mais corrupto, a 100, para o mais íntegro—, a pontuação brasileira caiu de 38 para 36. Segundo o relatório, a responsabilidade pelo desmonte de marcos institucionais contra a corrupção é da gestão de Jair Bolsonaro (2019-2022). Ao mesmo tempo, porém, o governo Lula vem falhando na reconstrução de mecanismos similares, afirma. Desde 2015 o Brasil está abaixo da média global
Regra de ouroPiorouEm 2023, a margem de suficiência da regra de ouro resultou positiva em R$ 50,75 bilhões. Esse valor foi possível ser atingido considerando a ressalva constitucional para o ano passado, de R$ 145 bilhões, decorrentes da aprovação da chamada PEC da Transição. Em 2022, o saldo positivo foi de R$ 63,76 bilhões
Regras tributáriasMelhorouDepois de três décadas de discussão, o Congresso aprovou em 2023 a reforma tributária, que substitui cinco tributos sobre consumo e coloca o Brasil no mapa dos países que adotam um sistema IVA (Imposto sobre Valor Agregado)
Reservas internacionaisMelhorouFecharam 2023 em US$ 355 bilhões, avanço de 9,34% em relação a 2022. Ao longo da gestão de Jair Bolsonaro houve queda de 13%
Resultado da PrevidênciaPiorouRombo nas contas do INSS (Regime Geral de Previdência Social) foi de R$ 306,2 bilhões em 2023, alta de 17% em relação a 2022
Resultado primário do governo centralPiorouEm 2023 as contas do governo central tiveram um rombo de R$ 230,5 bilhões, o equivalente a 2,12% do PIB. Trata-se do pior resultado desde 2020, ano da pandemia de Covid-19. Em 2019, primeiro ano da gestão Bolsonaro, o déficit foi de R$ 122,6 bilhões, em valores atualizados pela inflação. O resultado de 2023 foi influenciado em parte pela regularização dos precatórios, dívidas judiciais adiadas pela gestão Bolsonaro (R$ 92,4 bilhões)
Risco BrasilMelhorouTermômetro informal da confiança dos investidores em relação a economias, especialmente as emergentes, o risco Brasil (medido pelo CDS – Credit Default Swap) encerrou 2023 com 132 pontos. Um ano antes, o índice representava quase o dobro, 250 pontos
Saúde – procedimentos na atenção especializadaMelhorouDados da Saúde mostram elevação de procedimentos (atendimentos, exames, cirurgias, administração de medicamentos, etc) de 2022 (3,1 milhões) para 2023 (3,5 milhões)
Saúde – procedimentos na atenção primáriaMelhorouDados da Saúde mostram elevação de procedimentos (atendimentos, exames de diagnóstico, etc) de 2022 (714 milhões) para 2023 (755 milhões)
Sisu – vagasPiorouCom a nota do Enem, estudantes podem concorrer a vagas no ensino superior público em todo país pelo Sisu. Essa oferta total caiu 3,5% em 2023
Situação das rodovias federaisEstávelA 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, que de julho e agosto de 2023 percorreu 111.502 kms registrou 2.648 pontos críticos na malha avaliada, aumento de 1,5% em relação ao levantamento do ano anterior, mas em situação de estabilidade, já que houve análise de uma extensão maior do que no ano anterior
SuicídiosPiorouNúmero subiu de 2022 para 2023, de acordo com o Sinesp. De 15.722 registros para 16.369
Taxa média de jurosMelhorouSegundo o Banco Central, a taxa média de juros das contratações encerrou 2023 em 28,4%, redução de 1,7 ponto percentual no ano, contra encerramento em 2022 a 29,9% (aumento acumulado naquele ano de 5,6 pontos percentuais)
Taxa SelicMelhorouA taxa básica de juros (Selic) encerrou 2023 a 11,75%, dois pontos percentuais a menos do que encerramento de 2022 (13,75%)
Valorização do salário mínimoMelhorouO governo Lula retomou a política de valorização do salário mínimo, que havia sido extinta na gestão de Jair Bolsonaro. Com isso, em 1º de janeiro de 2024 o mínimo passou a valer R$ 1.412, ganho real (descontada a inflação) de 4,69% em relação ao valor que era pago em janeiro de 2023
Violência contra jornalistas e ataques à liberdade de imprensaMelhorouDe acordo com relatórios anuais da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), após a explosão de casos na gestão Bolsonaro (protagonista em vários desses episódios), o número de registros caiu de 376 em 2022 para 181 em 2023
YanomamisEstávelOficialmente, o registro de yanomamis mortos cresceu de 2022 para 2023, de 343 para 363, mas o governo afrma ter havido subnotificação de mortes no final da gestão Bolsonaro. O próprio governo admite, entretanto, não ter conseguido lidar de forma satisfatória com a situação no espaço de um ano, mesmo com a gestão Lula tendo declarado a ação como prioridade no início de 2023
Índice BovespaMelhorouO índice Bovespa, que capta o comportamento das principais ações negociadas na bolsa de São Paulo, encerrou 2023 com alta acumulada de 22,3%, em seu melhor desempenho anual desde 2019. A última sessão do ano registrou 134.185 pontos contra 109.735 do último pregão de 2022

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