Eduardo Pimentel assina contrato com o BNDES para estudo de VLT entre Curitiba e o Aeroporto Afonso Pena

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O prefeito em exercício, Eduardo Pimentel, assinou nesta quinta-feira (25/1), na sede do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), contrato com o BNDES para elaboração de estudo para concessão e instalação de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) entre Curitiba e o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolita de Curitiba (RMC).

“A constituição desse contrato para viabilidade técnica, econômica e ambiental do eixo VLT São José dos Pinhais ao Centro Cívico (Curitiba) é possível pela credibilidade, responsabilidade e confiança dessas administrações (Prefeitura de Curitiba, Prefeitura de São José dos Pinhais e Governo do Estado do Paraná) no transporte metropolitano”, destacou Eduardo Pimentel, após a assinatura digital do contrato, em evento também transmitido por videoconferência aos dirigentes do BNDES.

Investimento

A perspectiva de investimento na obra será de R$ 2,5 bilhões com dois anos de execução após o lançamento oficial da concessão, prevista para julho de 2025. Segundo confirmou Eduardo Pimentel, os estudos técnicos da viabilidade do projeto iniciam em março e seguem até maio de 2025.

“A análise vai nos mostrar os custos, a ideia da tarifa e investimento necessário para uma obra que fortalece cada vez mais o eixo de integração na Região Metropolitana de Curitiba”, disse o prefeito em exercício.

E completou: “Esta é uma ação inovadora da cidade de Curitiba com São José dos Pinhais e o Governo do Estado ao propor uma nova solução, um novo modal do transporte coletivo com o VLT. Isso vai ao encontro do trabalho de sustentabilidade das cidades e do Estado com um veículo totalmente elétrico, todo um trabalho de requalificação urbana, com menos impacto na área urbana das cidades e um valor possível de viabilidade”.

Percurso extenso

Caso aprovado o projeto de concessão, serão 22,8 km de percurso de VLT em operação entre os dois municípios para atender uma capacidade diária de até 160 mil passageiros do transporte metropolitano.

O trajeto deve contemplar 27 paradas, sendo quatro em terminais de integração: Hauer, Carmo, Boqueirão e Terminal Central (São José dos Pinhais). Os terminais deverão receber reformas também, segundo a proposta. O percurso passará ainda por 23 estações de embarque e desembarque entre as duas cidades.

A maior parte do trajeto será em superfície.  Apenas o trecho entre o Terminal Central e o Aeroporto Afonso Pena (3,2 km) poderá ser elevada. Há também possibilidade da implantação do transporte em parte subterrânea no Centro Cívico, em virtude do nível de tráfego da região e também quanto ao impacto causado à paisagem urbana.

Nesta primeira etapa, o recurso de R$ 12,5 milhões disponibilizado para contratação e constituição do estudo de viabilidade técnica e econômica será totalmente absorvido para o futuro possível concessionário da nova linha de transporte, sem custos aos municípios (Curitiba e São José dos Pinhais) ou para o Governo do Estado.

Previsão e Viabilidade

Inscrita ainda no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal e classificada como uma ação de referência em mobilidade para o país, a perspectiva inicial de investimento na obra de implantação do VLT, após a aprovação do projeto, será de R$ 2,5 bilhões, com prazo médio de dois anos de execução da obra.

Segundo Gilson Santos, diretor-presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), parceira da iniciativa, o estudo de viabilidade da implantação do VLT é fundamental para garantir segurança jurídica e viabilidade econômica ao novo transporte implantado.

“Esse estudo vai definir a viabilidade econômica, financeira e de operação desse novo modal para atender uma região importante onde temos já uma boa infraestrutura e uma boa demanda de usuários para o atendimento no transporte metropolitano”, destacou.  

Na assinatura, a prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer, destacou ainda a importância do projeto e da nova estrutura de modal para manter Curitiba e a RMC como referência em transporte no país.

“Curitiba já é referência na qualidade do transporte e agora com o VLT, junto com São José dos Pinhais, vai melhorar ainda mais o atendimento e a disponibilidade de transporte ágil e de qualidade à população de toda a Região Metropolitana de Curitiba”, ressaltou.

Mobilidade Sustentável

A proposta de implantação da linha de VLT Centro Cívico / Aeroporto Afonso Pena faz parte ainda do Programa de Mobilidade Sustentável do sistema de transporte público de Curitiba e Região Metropolitana.

Em videoconferência, durante o ato de assinatura, Flávia de Paula Peixoto, gerente da Área de Estruturação de Projetos do BNDES, destacou a satisfação do órgão em participar do projeto.

“É com muita satisfação que o BNDES está sendo contratado para estruturar esse projeto super emblemático, importante para toda a região. Já trabalhamos para a contratação dos consultores especializados, pois é um projeto multidisciplinar, então vamos precisar de um time técnico-operacional, um time jurídico experiente”, disse.

Segundo Flávia, o processo está em andamento e em março consultores especializados começam o levantamento das informações e o detalhamento do diagnóstico prévio. “Vamos ter um estudo técnico-operacional, uma análise ambiental e uma análise jurídica também, para uma modelagem adequada e para se prever essa transição em uma conversão de modal”, disse.

Estrutura exclusiva

A nova linha VLT deve utilizar a estrutura das canaletas exclusivas com 10,6 km de extensão na Avenida Marechal Floriano Peixoto, entre a Praça Carlos Gomes no centro Curitiba e o Terminal Boqueirão, onde opera atualmente um eixo de BRT, que será descontinuado.

O projeto estabelece ainda uma ampliação do trajeto atual do BRT Boqueirão, ao norte, entre a Praça Carlos Gomes e o Centro Cívico, e ao sul, do Terminal Boqueirão até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, passando pelo Terminal Central do município de São José dos Pinhais. Com estes prolongamentos a linha deverá ter 19,6 km de extensão.

Outra parte do trajeto será em superfície ou mesmo elevada, no trecho entre o Terminal Central e o Aeroporto Afonso Pena (3,2 km). O projeto deverá abrigar ainda ações complementares ao proporcionar a integração da nova linha com outros modos de deslocamento por meio de serviços auxiliares de mobilidade.

Também deve implementar uma requalificação urbana ao longo do trajeto ao incluir espaços de convivência, novas calçadas, estruturas cicloviárias, entre outros benefícios.

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