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Pesquisa apontou que cinco vírus terão grande aumento nas taxas de mortalidade entre humanos por conta das mudanças climáticas
Um estudo de pesquisadores norte-americanos, publicado nesta quinta-feria (2), revelou que cinco vírus transmitidos por animais e que já tem alta taxa de mortalidade devem multiplicar seus números de vítimas em 12 vezes até 2050.
A pesquisa, divulgada na revista BMJ Global Health, revelou que os vírus Ebola, Marburg, Machupo, Nipah e Sars (primo da Covid) passarão por um expressivo aumento de casos e mortes de humanos por conta das mudanças climáticas e do desmatamento.
Vírus de origem animal
Essas 5 doenças virais são consideradas de alta prioridade pelo Global Virome, iniciativa internacional que monitora doenças em animais que representam risco à saúde humana. O Ebola, o Marburg, o Sars e o Nipah são vírus que têm morcegos como principais hospedeiros. O Machupo é transmitido por ratos silvestres.
As doenças zoonóticas elencadas já apresentaram crescimento na curva de tempo analisada pelos cientistas, de 1963 a 2019, e o número de 2050 é uma projeção com base nestas tendências históricas.
Aumento de vítimas
As doenças em humanos provocadas pelos 5 vírus sempre estiveram com menos de 500 vítimas ao ano até 1990. Em 2010, a mortalidade delas superou esta barreira e, nos últimos 10 anos, o número de casos letais mais que dobrou, ultrapassando os mil mortos ao ano.
Ao todo, os surtos das doenças causaram 17.232 mortes de 1963 a 2019, sendo 15.771 causadas por filovírus (Ebola e Marburg) e ocorrendo principalmente na África. A tendência é de que o aumento delas fique em 5% ao ano chegando em cerca de 12 mil mortos ao ano em 2050.
Os pesquisadores afirmam que “são necessárias medidas urgentes para enfrentar um risco grande e crescente para a saúde global”.
Vírus que são frequentes em animais podem saltar para humanos quando o contato é constante, o que ocorre com o desmatamento que leva animais selvagens a viver nas cidades..
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