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O ecossistema de inovação de Curitiba, o Vale do Pinhão lançou, na noite desta terça-feira (31/11), o projeto Link Vale do Pinhão e Ecossistemas Metropolitanos de Inovação, uma parceria com o Sebrae-PR para a realização do maior projeto de inovação aberta do Paraná.
A proposta tem o objetivo de unir grandes empresas e indústrias de Curitiba e Região Metropolitana a soluções desenvolvidas por startups, micro e pequenos empreendedores e pesquisadores, gerando negócios que vão contribir para o desenvolvimento socioeconômico da capital paraense.
“O Link é um programa colaborativo, de união. Não faria sentido não envolver os ecossistemas regionais. Uma das missões do Vale do Pinhão é atrair investimentos e negócios e a retenção de talentos. Esse projeto nos ajuda a articular contratos a serem fechados aumentando a competitividade de todos no mercado regional”, destacou o presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão.
A ação é mais uma iniciativa que integra o programa Invest Curitiba no Vale do Pinhão, programa de atração de investimentos e negócios para a cidade, lançado pelo prefeito Rafael Greca há 41 dias.
O primeiro passo do Link foi dado com a apresentação da proposta a representantes de 20 grandes empresas e indústrias de dez cidades da RMC, entre elas: Furukawa e Klabin (Telemaco Borba); Matte Leão, Bosch e Brose do Brasil (São José dos Pinhais); Novozymes e CSN (Araucária); Volvo do Brasil, Ademicon e Taurus Helmets (Mandirituba); Incepa (Campo Largo); MadeiraMadeira, New Holland e vhsys (São José dos Pinhais); Votorantim (Rio Branco do Sul); Barion (Colombo); Forvia Faurecia (Quatro Barras e São José dos Pinhais); Ligga Telecom, Neodent e Electrolux.
Também participaram do evento, realizado na sede do Sebrae-Pr em Curitiba, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pinhais, Ricardo Augusto Pinheiro; secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Fazenda Rio Grande, Tiago Henrique Wandscheer; e o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Araucária (Aciaa), Aécio Novitski.
“A iniciativa é muito interessante, inclusive para ampliar conexões inovadoras. Isso ressalta a relevância da experiência do cliente no contexto, tanto em Curitiba quanto na região”, afirmou o diretor de Experiência do Cliente da Ligga, Roberto Madureira.
Conexão com a RMC
Paixão lembrou que o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, idealizador do Vale do Pinhão, é grande entusiasta da atuação da capital paranaense com os municípios da RMC, tendo sido o primeiro presidente do Pró-Metrópole, além de ter presidido a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec).
Unindo as duas pontas
O Link Vale do Pinhão e Ecossistemas Metropolitanos de Inovação terá onze meses de duração, em três etapas, visando estabelecer contratos efetivos entre diferentes atores dos ecossistemas de inovação, em um modelo já aplicado pelo Sebrae-PR no Iguassu Valey, no Oeste paranaense, que será adaptado às peculiaridades de Curitiba e RMC.
Os consultores do Sebrae-PR Augusto Machado e Vinicius Galindo de Mello apresentaram o formato da proposta, que começou com a captação das grandes empresas interessadas.
Com suporte de workshop e consultoria, as empresas participantes – os “demandantes” – vão estabelecer quais problemas de seu empreendimento gostariam de ter melhorias e que gerariam impacto efetivo em sua competitividade.
A partir das necessidades listadas, o Sebrae-PR vai prospectar agentes que possam desenvolver e oferecer as soluções, entre startups, centros de inovação ou de pesquisa, micro e pequenas empresas – os “solucionadores”. Esse grupo também participará de workshops e consultorias para apresentar uma proposta bem elaborada.
Todo esse processo será feito às escuras: os demandantes não vão saber quem são os solucionadores e vice-versa, até 18 de junho de 2024, quando irá acontecer o Matchmaking, um evento em que as duas partes vão tentar fechar negócios, focados na resolutividade dos problemas.
“Nesse dia, o objetivo é conectar as duas pontas em possibilidades reais de negócios. focados em solucionar um problema”, explicou Machado.
Mais inovação
No Matchmaking, os demandantes vão expor em uma apresentação rápida (pitch) o que precisam e os solucionadores vão candidatar suas propostas de solução. Ao final do dia, são contabilizadas quantas propostas de soluções cada demanda recebeu.
“Assuntos não atendidos no Matchmaking se tornam temas de novas pesquisas acadêmicas, propostas de novas startups, alimentando o ecossistema a seguir trabalhando no desenvolvimento de soluções práticas e transformadas em produtos”, destacou Mello.
Sucesso no Oeste
A Gerente da Qualidade, Meio Ambiente, Inovação e Sustentabilidade na Lar Cooperativa Agroindustrial, Marcia Pessini, contou aos participantes os benefícios que a empresa, sediada em Medianeira, colheu com a participação no Link do Iguassu Valey. “É um processo de inovação aberta que se alinha às necessidades das empresas, permite acesso a novos produtos e novas tecnologias, incentiva a participação de mais integrantes das empresas na definição da demanda”, contou. A Lar é a segunda maior cooperativa agroindustrial do Brasil, com 25 mil funcionários.
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