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Os moradores dos bairros das regionais Bairro Novo, Boa Vista, Boqueirão, CIC, Matriz, Pinheirinho, Portão, Santa Felicidade e Tatuquara têm até 27 de outubro para levarem seus cães e gatos para fazerem cirurgia gratuita de castração. O castramóvel da Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba está atendendo no Centro de Esporte e Lazer (CEL) Bairro Novo (Rua Ourizona, 1.681, Sítio Cercado).
De acordo com a Rede de Proteção Animal da Prefeitura, ainda restam 1.400 vagas a serem preenchidas. O atendimento dos animais é feito por agendamento. Esse é o penúltimo mutirão de castração do ano em Curitiba.
Podem ser atendidos no mutirão cães e gatos de ONGs, protetores independentes e tutores. Os animais devem ter de 5 meses a 8 anos.
Além disso, os interessados devem estar com os cadastros em dia no site da Rede de Proteção Animal e atender aos requisitos de participação.
Horários
São três horários por dia disponíveis para os agendamentos das cirurgias: às 8h, às 10h e às 13h. Nesta terça-feira (17/10), havia 94 gatos e 88 cães agendados para serem castrados pelos médicos veterinários no CEL Bairro Novo.
De acordo com a médica-veterinária Claudia Terzian, da Rede de Proteção Animal, uma média de 20% dos moradores faltam aos agendamentos. “Alguns acabam esquecendo ou surge algum imprevisto e não conseguem vir. A castração é muito importante para a saúde do animal, pois evita tumores de mama nas fêmeas e tumores de testículos nos machos”, explicou Claudia.
Também há uma estimativa que 90% das mordidas são feitas por cães não castrados. Após as cirurgias gratuitas, os cães e gatos recebem, também gratuitamente, medicação para quatro dias, roupa cirúrgica e cone para não mexerem na cirurgia.
Saúde
A médica veterinária Ana Paula Mafra Poleto, da Unidade de Vigilância de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), defende a castração como fator de proteção para os pets.
“Gatos machos não castrados estão muito mais sujeitos a pegar doenças devido a brigas com outros gatos. Eles brigam por território e por fêmeas e se expõem mais a doenças sérias e até a zoonoses”, explicou Ana Paula.
A veterinária citou como exemplo a esporotricose, uma doença fúngica transmitida do gato infectado para outros gatos e até para as pessoas, principalmente por arranhões e mordidas.
Em Curitiba, no ano passado, 71,2% dos gatos diagnosticados com esporotricose eram machos e destes 44,5% não estavam castrados. “Sendo assim, é muito importante a castração destes animais, além das demais ações voltadas à guarda responsável”, destaca Vivien Morikawa, gerente técnica do departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Oportunidade
A moradora do Sítio Cercado Emanuelly Carvalho, de 19 anos, aproveitou o mutirão e levou o cachorro dela, Biscoito, para ser castrado.
“Não é meu primeiro animal fazendo castração. Já castrei dois gatos nos mutirões da Prefeitura. É uma oportunidade para a população que não consegue pagar uma cirurgia. Aqui foi muito bom o atendimento e bem organizado”, disse Emanuelly.
Ana Caroline Timóteo Duque, 21, levou a gata Charlotte para a cirurgia de castração. “É importante para prolongar a vida deles e para eles não sofrerem, principalmente as fêmeas, que têm muitos gatinhos. Se fosse para eu pagar a cirurgia seria bem mais difícil. Esse serviço da Prefeitura é muito bom”, contou Ana.
Programa municipal
Desde 2017, a Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba promove, entre outras atividades, as ações de castração como política pública para promoção da saúde única e para evitar o abandono de crias. Desde então, mais de 110 mil cães e gatos foram beneficiados pelo programa municipal.
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