Cobradora e motorista de ônibus ajudam idoso a recuperar mochila esquecida em biarticulado em Curitiba

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De passagem por Curitiba, o capixaba Sebastião Rodrigues, de 73 anos, esqueceu uma mochila em um ônibus biarticulado da linha Centenário/Campo Comprido e não imaginava que, graças à empatia e empenho de dois funcionários do transporte coletivo da capital, teria de volta seus pertences.

Para a felicidade dele, o objeto foi encontrado pelo motorista de ônibus Publio Cechelero e a cobradora Rosana Damascena, que ajudaram o idoso a recuperar a bolsa antes de deixar a capital paranaense. Na mochila, estavam quase todos os pertences de Sebastião, além de todo o seu dinheiro.

“Não sei como agradecer, eu não esperava ver a mochila de novo. O esforço de todo mundo para me ajudar foi surpreendente, tenho muito a agradecer pelo que Curitiba fez por mim”, conta Sebastião.

Morador de Guarapari, no Espírito Santo, Sebastião estava voltando de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, onde visitou o irmão. No caminho, passou por Curitiba no último dia 18, onde pegaria um ônibus às 22h30.

Recuperação

A caminho da Rodoviária de Curitiba para pegar um ônibus em direção ao Rio de Janeiro, Sebastião estava em um biarticulado da linha Centenário/Campo Comprido, quando foi realizada uma troca de veículo no ponto Praça Rui Barbosa. Ao descer do transporte em que estava, ele esqueceu de levar a mochila.

O motorista daquele ônibus, Ednei, viu o objeto e contatou outro motorista, Publio, que estava de plantão e fez o que podia para descobrir quem era o dono.

“Depois que encontramos a mochila, vimos um papel que dizia o ônibus interestadual onde ele estaria. Liguei para todo mundo que pudesse ajudar e combinei com o motorista para esperar ele”, conta Publio, que pediu ao motorista do ônibus de viagem parar o veículo na Linha Verde para que a devolução acontecesse.

Quando soube que a mochila havia sido encontrada, Sebastião ainda não estava confiante na recuperação, explica Publio: “Ele não sabia se ficava feliz porque pessoas boas encontraram a mochila, ou triste porque não ia recuperar, mas fizemos questão que as coisas voltassem para ele.”

“Depois que vi que perdi a mochila, tinha certeza que não veria ela de novo, precisaria que alguma coisa muito boa acontecesse. Não sei como agradecer, foi um alívio muito grande”, conta Sebastião.

Na mochila, estavam quase todos os pertences do idoso, além de todo o seu dinheiro. Sem ela, seria difícil sair de Curitiba naquele dia: “Eu já tinha aceitado que ia dormir na rua, já estava muito tarde e eu não tinha nada”, lembra.

Os funcionários de plantão explicam que, ao receber o objeto, Sebastião não acreditava que ia conseguir voltar para casa com os seus pertences.

“Ele chorou de emoção, não conseguia acreditar. Quando nos falaram que ele tinha esquecido a mochila, era só nisso que a gente pensava. Ficou todo mundo emocionado depois”,  relata Rosana.

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