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Deputado do PT pediu vista e não pretende devolver o relatório nesta terça (26), data limite para os trabalhos da comissão
A cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as ações do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) pediu a prorrogação da comissão por pelo menos mais três dias. A solicitação é para tentar votar o relatório do deputado Ricardo Salles (PL-SP).
Se o pedido não for atendido, a comissão pode ficar sem conclusão, já que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), definiu esta terça-feira (26) como a data limite para o funcionamento da CPI.
O relatório final de Ricardo Salles foi apresentado na semana passada, mas ainda não foi votado porque o deputado Nilto Tatto (PT-SP) pediu vista.
Pelo regimento, o parlamentar tem prazo de duas sessões antes de devolver o texto para votação na comissão. Tatto, no entanto, adiantou à CNN que não entregará o texto nesta terça. Também disse que não acredita na prorrogação dos trabalhos da comissão.
“Eu não acredito que será dada outra prorrogação. Lira deu tempo suficiente para apresentar o relatório. Eles apresentaram só na última quinta e não dá para votar agora”, disse o deputado.
Deixar a Comissão sem relatório é uma articulação da base do governo na Câmara após relatório de Salles pedir 11 indiciamentos. Entre eles, o do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias e do líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha.
Para os petistas, o relatório de Salles criminaliza os movimentos sociais.
Já Ricardo Salles afirmou à CNN que, independentemente do que aconteça, vai encaminhar os pedidos de indiciamento para a Procuradoria Geral da República (PGR).
“Com votação ou sem, o relatório é aquele. Na prática, não vai mudar nada e vou levar todos os indiciamentos à PGR”, comentou.
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