Greca entrega escultura perdida de João Turin e completa legado do Memorial Paranista de Curitiba

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Uma obra perdida do artista João Turin foi resgatada pela Prefeitura de Curitiba e agora pode ser apreciada pelo público no Jardim de Esculturas do Memorial Paranista, no Parque São Lourenço. O prefeito Rafael Greca inaugurou nesta quinta-feira (21/9) a escultura No Exílio, completando no local o acervo de Turin, o maior representante do Movimento Paranista.

A inauguração coincide com a data em que Turin completaria 145 anos. O artista nasceu 21 de setembro em 1878 em Porto de Cima, Morretes (PR), e morreu em 9 de julho de 1949, em Curitiba.

Gigante ressuscitada

A nova integrante do Jardim de Esculturas tem 300 quilos e 2,70 metros de altura e foi produzida e fundida no Ateliê de Esculturas do Memorial Paranista. A peça é uma releitura feita pela artista Luna Rio Apa a partir de documentos históricos, anotações e fotografias de Turin.

“Esta magnifica escultura completa nosso legado do Memorial Paranista e ela foi ressuscitada pelo amor e entusiasmo de muitas pessoas ao Paranismo, ao Turin e a Curitiba. Eternizamos essa obra para o público apreciar e, sobremaneira, para que os curitibinhas conheçam a arte de Turin. É um presente para os 330 anos de Curitiba”, destacou Greca, ao lado da primeira-dama Margarita Sansone.

No Exílio foi criada no início do século 20 quando João Turin vivia na Bélgica. Apresentada pelo artista como trabalho de conclusão de curso na Real Academia de Bruxelas e premiada com a Menção Honrosa no Salão de Paris, em 1912, não foi trazida ao Brasil. Ela ficou no ateliê do artista.

“Um bombardeio na capital francesa durante o período 2ª Guerra Mundial destruiu obra, agora refeita pela Prefeitura, com autorização da Família Ferrari Lago, detentora dos direitos autorais do artista e entusiasta dessa recuperação”, destacou Greca.

O resgate da obra é uma homenagem ao centenário do Paranismo e a Turin, um dos principais representantes do movimento e um dos maiores artistas da história da arte paranaense. Uma primeira versão da escultura, moldada em argila e finalizada em gesso, está exposta no Memorial de Curitiba, como um dos destaques da exposição Curitiba, Capital Paranista.

Emoção e realização

Muito emocionada, a artista Luna do Rio Apa disse que quando iniciou o trabalho não imaginava ver a escultura fundida em bronze e instalada no Memorial Paranista.

“Eu não tinha ideia do que ia acontecer quando comecei e muito menos imaginei que chegaria a ver essa escultura em bronze, aqui nesse lugar onde eu fui aluna. Para mim é muito emocionante e estou realizada”, disse a artista, ex-aluna do Ateliê de Esculturas da Fundação Cultural de Curitiba.

O trabalho de fundição de No Exílio durou cerca de seis meses e teve participação do escultor e mestre fundidor do Ateliê de Esculturas Edson de Lima.

A escultura pode ser apreciada pelo público de terça a domingo, das 10h às 18h. O espaço também realiza diariamente visitas guiadas. A entrada é gratuita.

Presenças

Participaram da inauguração a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, as secretárias municipais do Meio Ambiente, Marilza Dias, e da Educação, Maria Sílvia Bacila; o presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão, o secretario municipal de Esportes, Lazer e Juventude, Carlos Eduardo Pijak Jr, o assessor de Gabinete da Prefetira de Curitiba, Lucas Navarro, o presidente do Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Marino Galvão Júnior; os representantes da família Ferrari Lago, Renata Sklaski e Maurício Appel; e a sobrinha-neta de João Turin, Elizabete Turin.

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