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Terapia usa o medicamento atezolizumabe e promete reduzir em 75% o tempo normalmente gasto na administração do medicamento
Pacientes da Inglaterra são os primeiros do mundo a receber uma injeção para tratar o câncer. Tudo isso em até sete minutos. Essa é uma alternativa às longas sessões de gotejamento intravenoso (como um soro ligado na veia).
De acordo com o Trends BR, após obter a aprovação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde (National Health Service ou NHS) vai distribuir a imunoterapia injetável a centenas de pacientes todos os anos.
O Jornal Britânico The Guardian destacou que essa novidade deve reduzir em até 75% o tempo de tratamento medicamentoso para alguns pacientes com câncer.
A injeção contém o remédio atezolizumabe, que normalmente é administrado por meio de gotejamento intravenoso. Conhecido comercialmente como Tecentriq, o fármaco, que no Brasil pode custar mais de R$ 20.000, é recomendado para diversos tipos de câncer, incluindo de pulmão, mama, fígado e bexiga.
A expectativa do NHS é que a maioria dos pacientes ingleses receba o atezolizumabe por meio da injeção, que gasta apenas sete minutos, em vez do gotejamento intravenoso, que normalmente dura de 30 minutos a uma hora.
Pacientes que usam atezolizumabe associado à quimioterapia ainda podem ter de administrá-lo por via intravenosa, alerta o The Guardian.
Esse remédio é conhecido por ser um inibidor de checkpoint e atuar ajudando o sistema imunológico a encontrar e matar as células cancerosas. Ele funciona bloqueando uma proteína que impede o sistema imune de atacar o tumor, tornando as células cancerosas mais visíveis à resposta imunológica do organismo.
Segundo Peter Johnson, diretor nacional para o câncer do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, citado pelo jornal, a injeção vai garantir tratamento avançado aos pacientes: “O uso inovador dessa terapia significará que centenas de pacientes poderão passar menos tempo no hospital e aliviarão as unidades de quimioterapia do NHS”.
Em pacientes com câncer de pulmão em estágio inicial, ensaios clínicos demonstraram que o atezolizumabe pode reduzir em 34% o risco de recorrência do tumor ou de morte, após cirurgia e quimioterapia, informa o The Guardian.
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