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Curitiba deu mais um passo importante na busca pela eficiência energética e pela neutralidade de carbono. A Prefeitura aprovou um financiamento de 100 milhões de euros, em torno de R$ 608 milhões, com o KfW Bankengruppe, o banco de Desenvolvimento da Alemanha. Os recursos vão permitir a compra de 84 novos ônibus elétricos e a construção da fase dois da Pirâmide Solar de Curitiba – Parque Fotovoltaico da Caximba.
No fim de setembro, o prefeito Rafael Greca se reuniu com o representante do KfW Bankengruppe no Brasil, Fabricio Pietrobelli, gerente de Projetos e Mobilidade Sustentável, e Julia Quirino de Lima, gerente de Portfólio – Energias e Financiamento Sustentável. A reunião aconteceu na sede da Prefeitura, o Palácio Solar 29 de Março.
O financiamento internacional foi aprovado pela Comissão de Financiamentos Externos – Cofiex, do governo federal.
“Pedimos esse financiamento internacional porque temos capacidade de investimentos. O programa vai permitir a compra de 84 novos ônibus elétricos e a implantação de 27 unidades de geração fotovoltaica em Curitiba, incluindo a segunda fase da Pirâmide Solar”, explicou o prefeito Rafael Greca.
De acordo com o prefeito, com essas novas usinas de energia fotovoltaica a Prefeitura de Curitiba vai se tornar autossuficiente na geração de energia limpa. Tudo o que é consumido nos prédios públicos do município será gerado pelas usinas do programa Curitiba mais Energia.
Infraestrutura
Batizado como Curitiba Carbono Neutro: Mobilidade Sustentável e Eficiência Energética, o projeto ainda contempla a construção de dois eletroterminais na cidade, para o carregamento da bateria dos ônibus elétricos. Os locais onde serão instaladas estas estruturas ainda estão em estudo pela Prefeitura.
Greca também citou São Francisco de Assis para celebrar o anúncio do novo financiamento. “Nós vamos fazendo um pouquinho de cada vez, e no final teremos feito aquilo que parecia impossível”, definiu Greca.
Sustentabilidade
Os 84 novos ônibus elétricos vão se somar aos ônibus elétricos do novo Inter 2, e dos ônibus do BRT Leste-Oeste. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo. Os 84 novos ônibus representam, dessa forma, o plantio de 71.148 árvores na cidade.
O grande projeto de eletromobilidade do município, alinhado ao PlanClima (Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba), é um dos pilares para tornar Curitiba mais sustentável nos próximos anos.
A meta é que 33% da frota seja elétrica até 2023, percentual que deve subir para 100% em 2050. Hoje a frota é de 1,1 mil veículos.
Os novos ônibus representam um salto tecnológico. Sem emissões, sem ruído, com maior conforto térmico, eles trazem uma série de benefícios para a população.
Os ônibus elétricos serão os primeiros da frota de Curitiba com ar-condicionado, para melhor conforto térmico dos passageiros.
O novo contrato de concessão do transporte coletivo, previsto para 2025, que está sendo formatado em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já contemplará, na sua origem, a operação também de frota elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa.
Curitiba Mais Energia
Os investimentos em novas usinas de geração de energia fotovoltaica vão incrementar o programa Curitiba Mais Energia, iniciativa da Prefeitura que visa popularizar o uso da energia limpa na cidade.
Além da Pirâmide Solar de Curitiba – Parque Fotovoltaico da Caximba, inaugurada em março de 2023 e a primeira do gênero na América Latina instalada em um aterro sanitário, o Curitiba Mais Energia já foi responsável pela implantação de painéis fotovoltaicos no Palácio 29 de Março, no Salão de Atos do Parque Barigui, na Fazenda Urbana de Curitiba, na Galeria das Quatro Estações do Jardim Botânico, na sede do ICS, em escolas municipais e nos terminais de ônibus do Boqueirão e Santa Cândida.
O Curitiba Mais Energia conta também com 101 residências populares com painéis solares dentro do programa Cohab Solar e com a mini usina hidrelétrica CGH Nicolau Kluppel, que gera energia na queda d’água do Parque Barigui. Até o fim de 2024 esses painéis solares também chegarão ao terminal do Pinheirinho e a Rua da Cidadania da CIC, em construção.