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A Prefeitura de Curitiba entregou, no histórico último domingo (9/6), uma colossal obra que os curitibanos aguardavam há quase 17 anos: as 12 faixas para veículos do trecho final da Linha Verde Norte (Lote 4.1) foram liberadas ao tráfego, nos dois sentidos, assim como a nova trincheira e os 3 viadutos construídos na região do antigo Trevo do Atuba, desfazendo o maior nó viário da cidade.

O antigo Trevo do Atuba já não existe mais. No local, o conjunto de trincheira, viadutos e pistas garante a fluidez no trânsito e facilita a conexão entre Curitiba e a Região Metropolitana, fazendo a interseção com a antiga BR-116. 

São obras que saltam aos olhos: a nova trincheira é uma imensa escavação com 32 metros de largura e 500 metros de extensão e os três viadutos, juntos, somam 117 metros de comprimento.

As obras ampliaram o grande corredor de transporte que agora conecta Curitiba de Norte a Sul, desde o Pinheirinho ao Atuba. Com as pistas de veículos liberadas, a Linha Verde torna-se a maior avenida da cidade.

A estimativa da Superintendência de Trânsito (Setran) é de que 70 mil veículos circulem diariamente pela região, nos dois sentidos.

A implantação da trincheira e viadutos, na prática, vai tornar a vida dos motoristas que circulam na região muito mais fácil, pois permitiu a retirada dos semáforos, que causavam congestionamento, oferecendo aos motoristas a liberdade para escolher caminhos com maior conforto e segurança.

Foram liberadas definitivamente aos motoristas as pistas da direita e da esquerda na ligação da Linha Verde com a Estrada da Ribeira, com a Rodovia Régis Bittencourt e com a Rua Mascarenhas de Moraes.

Também foram abertas as vias de acesso e de saída da capital paranaense a Colombo, na Região Metropolitana, a São Paulo, além dos caminhos de acesso para dentro da cidade via bairros Santa Cândida ou sentido Pinheirinho.

3 km de obras

A Linha Verde é o 6º eixo de transporte e de integração viária de Curitiba, que teve as obras iniciadas em setembro de 2007, separadas em lotes Sul e Norte.

O Lote 4.1 abrange quase 3 km de extensão, no trecho norte, com obras executadas desde a altura do Hospital Vita até a concessionária Mercedes/Savana.

Os trabalhos foram os mais complexos de toda a Linha Verde porque incluem as chamadas Obras de Arte Especiais (trincheiras e viadutos), terraplanagem, pavimentação, drenagem, paisagismo, sinalização viária, relocação de postes de energia, semaforização e acessibilidade.

Também contemplam a infraestrutura para as futuras estações Atuba e Solar do transporte coletivo. A implantação das estruturas para as paradas de ônibus pertencem a outro contrato, diferente do lote 4.1, e está com os serviços em execução.

Em sua totalidade, a intervenção no lote 4.1 inclui 12 faixas, sendo uma central com 2 faixas para ônibus, 2 vias marginais com 3 faixas em cada sentido, 2 vias locais com uma faixa cada e 2 faixas para estacionamento. Em alguns trechos a configuração de vias e faixas pode variar.

A obra contempla ainda nova iluminação, novas calçadas, nova sinalização, ciclovia e paisagismo. Ao longo do trecho foram plantadas 1.000 mudas de árvores de ipês roxos e amarelos, que ao longo dos anos transformarão o local em um corredor colorido natural e sustentável.

A execução dos trabalhos aqueceu o mercado de trabalho, abrindo aproximadamente 300 pontos de serviços.

Obras complementares

Obras complementares do Lote 4.1 continuam em ruas do entorno, sem prejudicar o fluxo de carros na região. Pavimentações, calçadas, iluminação e paisagismo estão em andamento, com previsão de conclusão para agosto. Cinco estações-tubo estão sendo implantadas, com previsão de operação após suas conclusões, entre julho e dezembro.